Cotidiano

?Foram segundos que duraram uma eternidade?, diz brasileiro sobre terremoto

SÃO PAULO – Há 15 anos vivendo na Itália, o paraibano Erismar Andrade e Silva, de 44 anos, que mora na Itália, passou por um susto na madrugada desta quarta-feira, quando um terremoto de magnitude 6,2 atingiu a região central do país.

Silva, que é professor de teologia, mora em Bellante, cidade que fica a 90 quilômetros de Amatrice, a mais atingida pelo terremoto. Ele conta que acordou às 3:36h (horário local) com o tremor.

– Tudo se movia: o lustre, os pratos e copos e até as telhas da minha casa. Foram 24 segundos que duraram uma eternidade. O susto é tão forte que o corpo fica paralisado. Passado isso, todos saíram correndo das casas e foram para a praça.

O professor disse que, apesar do susto dos tremores e algumas rachaduras nos imóveis, não houve registro de feridos na cidade. Segundo ele, houve registro de outros dois tremores menores em Bellante às 14:15 e 17:15 (horário local) e que todos deixaram as portas abertas, caso seja preciso deixar as casas rapidamente.

Silva contou ainda que o terremoto gerou uma onda de solidariedade na cidade:

– As pessoas aqui estão indo aos hospitais para doar sangue, porque há registro de muitos feridos nas cidades atingidas, principalmente em Amatrice.

?É assustador?, relata padre que vive no país

O padre Valdomiro Rodrigues, de 44 anos, está em Scafa, distante 125 km de Amatrice. Há dois anos morando na Itália, ele contou que também acordou por volta de 3h30 com os tremores e demorou para entender que se tratava de um terremoto.

– Nunca tinha passado por esta experiência. É assustador especialmente para nós que não temos essa realidade no Brasil. Foi muito rápido, senti que o chão tremia. Não entendi naquele momento que se tratava de um terremoto.

Rodrigues explicou que, apesar do susto, os abalos chegaram mais fracos à cidade e, por ora, os maiores problemas foram registrados em Amatrice.