Esportes

Follmann, goleiro da Chapecoense, chega a São Paulo: primeiro sobrevivente no Brasil

follmann.jpgSÃO PAULO – O avião que trouxe o goleiro da Chapecoense Jackson Follmann chegou ao Aeroporto de Congonhas à 0h20m desta terça-feira. O jogador foi o primeiro dos sobreviventes do trágico acidente com o avião do time catarinense a retornar ao país. Ele ficará internado no hospital Albert Einstein, onde será submetido a uma cirurgia na vértebra. Nesta terça retornarão ao Brasil o lateral Allan Ruschel e o radialista Rafael Henzel. Ambos seguirão para Chapecó.

Chapecoense – 11.12

Follmann esteve acompanhado no voo de volta ao Brasil por um parente e pelo médico Marcos Sonagli, ortopedista da Chapecoense. Sonagli contou que percebeu certa apreensão na expressão do goleiro quando estava perto de o avião pousar. Segundo o médico, a aterrissagem “foi bem suave, para transformar essa experiência na mais saudável possível”. Ele contou como Follmann reagiu:

– Ele não tinha expressão, a única coisa que eu vi foi que ele soltou o ar. Ele estava segurando na hora do pouso, quando pousou ele soltou um pouco o ar. É uma sensação de alívio – relatou.

Follmann foi transferido na tarde de segunda-feira do Hospital San Vicente Fundación de Rionegro, na Colômbia, e levado de avião médico até Manaus. De lá, seguiu para o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.

O avião pousou no Terminal 2 do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, por volta das 19h30 (horário de Brasília) para abastecimento e saiu da capital amazonense às 20h30m.

Follman foi transportado em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) móvel. O goleiro, de 24 anos, teve parte da perna direita amputada e apresentou boa recuperação.

O voo que transportava a equipe da Chapecoense partiu na noite de 28 de novembro de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em direção a Medellín. A aeronave perdeu contato com a torre de controle às 22h15M (local, 1h15M de Brasília), entre as cidades de La Ceja e Abejorral, e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín. Setenta e cinco pessoas morreram e seis sobreviveram. O avião da LaMia decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e 9 tripulantes. Morreram no acidente 19 jogadores do clube catarinense e 21 jornalistas, além de tripulantes, integrantes da comissão técnica e da diretoria da Chapecoense e convidados.