Cotidiano

Fitch corta rating da Oi e diz que atual estrutura de capital é insustentável

RIO e SÃO PAULO – A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou nesta sexta-feira o rating de crédito em moeda estrangeira de longo prazo da Oi, de ?CCC? para ?C?, considerando que a atual estrutura de capital da operadora de telecomunicações é insustentável dados as volumosas dívidas de curto prazo.

Em relatório, a Fitch afirmou que o rebaixamento reflete a negociação da Oi com representantes de detentores de bônus da companhia para uma reestruturação da estrutura de capital da empresa.

A Oi divulgou projeções de resultados para cada trimestre de 2016 e detalhes do plano de negócio referente a 2017 e 2018, após fim do acordo de confisdencialidade com credores internacionais.

A companhia prevê fluxo de caixa positivo a partir do terceiro trimestre, quando estima o montante em R$ 427 milhões, e de R$ 777 milhões de outubro a dezembro. Para o segundo trimestre, o fluxo de caixa estimado é negativo em R$ 646 milhões.

O grupo de telecomunicações informou mais cedo que ainda não conseguiu acordo com detentores de bônus para reestruturação financeira da empresa e que 60% de seus recebíveis estão penhorados a bancos brasileiros.

Para a receita líquida, a expectativa é de fechar o ano em R$ 26,38 bilhões, praticamente em linha com 2015, quando foi de R$ 26,44 bilhões. Para 2017, a estimativa é de que chegue a R$ 27,5 bilhões e em 2018, de R$ 28,6 bilhões.

A companhia estima que o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente alcance R$ 7 bilhões em 2016, leve recuo frente aos R$ 7,23 bilhões em 2015. Para 2017 e 2018, as projeções são de R$ 7,768 bilhões e R$ 8,58 bilhões, respectivamente.

Os investimentos previstos para este ano chegam a R$ 5,26 bilhões e de R$ 5,178 bilhões em 2017. Para o ano seguinte, a companhia estima investir R$ 5,1 bilhões.