RIO ? A ferrovia de Nova Jersey em que no mês passado aconteceu um acidente de trem teve mais acidentes e multas por violações de segurança do que qualquer outra durante os últimos cinco anos nos EUA. Na mais recente colisão, morreu a brasileira Fabíola Bittar de Kroon, a única vítima fatal do acidente na estação de Hoboken. Outras cem pessoas ficaram feridas.
Dados das autoridades de trânsito federais mostram que o sistema de trens de Nova Jersey teve 157 acidentes de 2011 até julho de 2016. Estes episódios provocaram mais de U$6 milhões em danos e feriram 13 pessoas.
O índice supera em três vezes o número de acidentes na maior ferrovia do país, que fica em Long Island. Nova Jersey também acumula a maior taxa de acidentes atribuídos a fatores humanos.
Dentre as violações pelas quais a ferrovia respondeu, está o uso de álcool ou drogas pelos seus funcionários. No total, as multar representaram custo superior a U$ 500 mil neste período.
No caso mais recente, autoridades afirmaram que Fabíola estava de pé na plataforma quando o trem número 1614 não conseguiu parar na chegada à estação de Hoboken. Ela foi atingida por destroços do teto e das ferragens, e morreu pouco após o choque.
O condutor do trem, que ficou seriamente ferido após a batida, disse que não se lembra do acidente. O inquérito final pode levar mais de um ano para apontar as causas e eventuais culpados pelo desastre.