Cotidiano

Feiras livres de Foz do Iguaçu aliam riqueza cultural com geração de renda e se tornam pontos turísticos da cidade

São sete tradicionais feirinhas espalhadas pelos bairros que oferecem uma oportunidade de lazer para os visitantes e renda aos feirantes

Feiras livres de Foz do Iguaçu aliam riqueza cultural com geração de renda e se tornam pontos turísticos da cidade

De terça a domingo as ruas de Foz do Iguaçu transformam-se em um corredor da diversidade. Quem passa por elas pode encontrar, por exemplo, produtos coloniais, artesanatos e alimentos frescos. O roteiro da Feira das Nações, tradicional circuito de feirinhas de rua da cidade, é composto não apenas por uma variedade de produtos, mas também sotaques e costumes que trazem parte da história das origens da tríplice fronteira.

As feiras estão espalhadas por todas as regiões da cidade. Nos bairros, como a Vila C, Vila A, Porto Meira, Vila Yolanda, Morumbi, Jardim São Paulo, e no centro, sendo a da Avenida Juscelino Kubitschek a principal referência.

“As feiras livres de Foz do Iguaçu são também pontos turísticos muito famosos da cidade. Não só para os visitantes, mas é também um espaço saudável onde famílias iguaçuenses chegam para passar momentos agradáveis e conhecer mais sobre a variedade cultural é um dos grandes diferenciais da nossa fronteira”, afirmou o prefeito Chico Brasileiro.

Geração de renda

A riqueza cultural é uma aliada da geração de trabalho e renda impulsionados pelas feirinhas. Segundo a Fundação Cultural, quase 150 feirantes estão cadastrados para participar dos sete circuitos e outros 130 seguem na lista de espera.

Edma Machado e seu esposo Alderigi Machado trabalham há 17 anos como feirantes. É possível encontrá-los no clássico trailer preto com a “Tapioca da Dona Edma” e na barraquinha de pastel frito na hora, um ponto muito procurado nas feiras.

“Toda a nossa renda vem do trabalho com alimentação nas feiras. Participamos na Vila A e na Avenida JK, sendo muito gratificante e importante ter essa oportunidade de trabalhar em várias feiras”, conta Edma.

Para Lucymeire Amaral de Souza, a participação nesse roteiro foi essencial para uma nova fase na vida. Aposentada, passou a vender artesanatos na feira para uma renda extra e ocupar o tempo. “Sempre fui muito ativa e as feiras me ajudaram a manter essa rotina. Gosto muito, pois podemos expor nossos produtos, apresentando a cultura local e preservando-a. Apesar de estamos em uma fronteira atrativa para os importados, ainda tem pessoas que gostam de presentear com o artesanato. A interação é muito boa”, contou.

Medidas sanitárias contra o coronavírus

Como vários outros setores, a Feira das Nações também foi afetada pela pandemia da Covid-19. Para evitar a transmissão do coronavírus, as atividades foram paralisadas e só retornaram após a Fundação Cultural implantar o Termo de Responsabilidade Sanitária, o que garantiu mais seguranças aos locais.

“Precisávamos garantir o funcionamento dessa atividade com todas as medidas de segurança vigentes, pois muitos desses feirantes tiram toda a renda daqui. A cada vez mostramos a importância das feiras para o município e não medimos esforços para torná-las cada vez melhores”, disse Alexandre Barbosa, diretor de Projetos e Captação de Recursos Culturais.

Calendário de feiras

A principal feira é a que abre a semana, na Avenida JK aos domingos, sempre a partir das 8h. São quase 3 mil m² com áreas para barracas de artesanatos, trailers de alimentação e quiosques. Em poucos passos, você pode experimentar das delícias da culinária chinesa aos tradicionais produtos árabes.

O sucesso da atração é tão grande que recentemente a Fundação Cultual ampliou o circuito e decidiu manter também aos domingos a Feira da Vila A, para ampliar as opções de lazer para os iguaçuenses durante os finais de semana.

Às terças-feiras, o encontro é no Porto Meira; quarta-feira, na Vila A; na quinta-feira, Morumbi e Vila C; sexta-feira, na Vila Yolanda; e aos sábados na Praça da Bíblia e na Vila A – todas elas ficam abertas das 8h às 13h.