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Fabiana Murer anuncia aposentadoria e vai virar dirigente

Depois da frustrante participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a saltadora Fabiana Murer anunciou nesta quinta-feira que está se aposentando. A atleta de 35 anos pretendia disputar mais quatro competições na Europa, mas os problemas físicos acabaram forçando-a a se retirar.

Fabiana foi diagnosticada com uma hérnia cervical duas semanas antes dos Jogos do Rio. No Engenhão, ela não conseguiu passar dos 4,55m, o que a fez ficar de fora da final.

Fabiana agora será dirigente. Ela assumirá o cargo de manager institucional do São Caetano.

– A Olimpíada foi a minha última competição. Acho que não salto mais. Eu consegui desenvolver uma prova que não tinha tradição nenhuma no Brasil. E agora o mundo sabe que é uma prova forte no Brasil – comentou Fabiana, durante um evento do principal patrocinador do clube paulista.

O problema nas costas já havia impedido Fabiana de saltar na etapa de Londres da Diamond League dias antes da Olimpíada. Ela pretendia competir em outra etapa da liga.

Fabiana disputou três edições dos Jogos Olímpicos. Em Pequim-2008, a saltadora reclamou do sumiço de uma vara no Ninho do Pássaro. Ela acabou ficando em 10º lugar, com 4,45m. Quatro anos depois, Fabiana buscava uma medalha, mas reclamou do vento forte no estádio olímpico de Londres, não conseguiu saltar mais do que 4,50m e ficou de fora da final.

– Fico contente de ter conseguido saltar minha melhor marca no último ano. Fiz uma carreira bonita, com muitas conquistas.

Apesar das decepções olímpicas, Fabiana foi campeã mundial em Daegu-2011 e prata no Mundial de Pequim, em 2015. Ela ainda foi campeã Pan-americana no Rio, em 2007, e prata nos Pans de Guadalajara-2011 e Toronto-2015.

Neste ano, outra atleta da geração de Fabiana também disse que estava deixando a carreira. A saltadora russa Yelena Isinbayeva, bicampeã olímpica, anunciou sua aposentadoria do esporte. Ela agora é membro da comissão de atletas do Comitê Olímpico Internacional (COI).

No Rio, o brasileiro Thiago Braz conquistou o ouro na prova masculina. Ele ainda quebrou o recorde olímpico ao saltar 6,03m. No feminino, a campeã foi a grega Ekaterini Stefanidi.