Cotidiano

Exibição de 'Procurando Dory' na Casa Branca é satirizada nas redes sociais

RIO ? Em meio à onda de protestos que tomou os aeroportos dos EUA no último domingo, provocada pelo decreto de Donald Trump, que barra a entrada de indivíduos de sete países muçulmanos em território americano, proibindo inclusive a chegada de refugiados sírios, o primeiro filme escolhido para exibição no cinema da Casa Branca foi a animação “Procurando Dory”. Links Trump

Sequência de “Procurando Nemo”, o longa da Disney-Pixar acompanha a trajetória de Dory, um peixe da espécie cirurgião-patela que sofre de perda de memória recente. Ela sai da Grande Barreira de Corais, onde vive, na Austrália, rumo a um instituto de vida marinha na Califórnia, com o objetivo de encontrar os pais, dos quais se perdeu ainda na infância.

A opção pelo filme foi recebida com ironia nas redes sociais. O ator Albert Brooks, que faz a voz de Marlin, um dos personagens de “Procurando Dory”, estranhou o fato de Trump assistir à animação, uma vez que ela fala “sobre uma reunião de família, coisa que ele está impedindo na vida real”, escreveu no Twitter.

Albert Brooks

Já Christopher Lu, que foi secretário-adjunto do Departamento do Trabalho durante o governo de Barack Obama, também satirizou a situação: “Procurando Dory é a história de uma estrangeira que entra nos EUA sem autorização para se reunir com os pais”.

Chris Lu

O secretário de Imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, também usou o Twitter para dizer que Trump não assistiu ao filme. De acordo com ele, o presidente gastou cerca de 60 segundos recebendo e agradecendo os convidados, para voltar ao trabalho logo depois.

Outro tema do filme é a preservação do meio ambiente. O instituto para onde a personagem vai, por exemplo, reabilita a vida marinha afetada por, entre muitos fatores, mudanças climáticas, o que na opinião de Trump não existe. Como o presidente americano já afirmou, o aquecimento global para ele é uma farsa.