Cotidiano

Ex-chefe do Exército argentino é preso por crimes da ditadura

Argentina Army

BUENOS AIRES – O ex-chefe do Exército argentino César Milani, que ocupou o cargo durante grande parte dos governos da ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015), foi detido nesta sexta-feira, acusado de envolvimento em sequestros ocorridos durante a última ditadura (1976-1983). Milani

Alguns dos casos nos quais Milani foi acusado aconteceram na província de La Rioja, região Norte da Argentina, em 1977. A ordem de prisão foi emitida pelo juiz federal Daniel Herrera Piedrabuena, encarregado de investigar os sequestros de Pedro Adán Olivera e seu filho, Ramón Alfredo Olivera.

O ex-chefe do Exército foi detido após prestar depoimento, pela segunda vez esta semana. Milani também está acusado de ser um dos responsáveis pelo desaparecimento do soldado Alberto Ledo, também durante o governo militar.

A prisão do ex-chefe do Exército, que sempre foi defendido por Cristina, foi comemorada por dirigentes políticos como a deputada Elisa Carrió, que acusou Milani, também, de ser um “genocida” e “partícipe necessário” na morte do promotor Alberto Nisman, encontrado morto no banheiro de seu apartamento em janeiro de 2015, poucos dias depois de ter acusado Cristina de ter acobertado funcionários iranianos, suspeitos de envolvimento no atentado à Associação Mutual Israelense Argentina (Amia), que matou 85 pessoas, em 1994.