Cotidiano

Ex-assessor de Dilma nega que tenha pedido ou recebido dinheiro da empreiteira

BRASÍLIA. Ex-assessor pessoal da ex-presidente Dilma Rousseff, Anderson Dorneles aparece na delação de Cláudio Melo Filho como beneficiário de R$ 350 mil da Odebrecht, dinheiro que teria recebido em sete parcelas, entre outubro de 2013 a julho de 2014. Filho relata que foi apresentado a Dorneles pelo próprio Marcelo Odebrecht, no escritório da empreiteira em Brasília, em meados de 2012. Oassessor foi apresentado ao ex-diretor da empreiteira como responsável pela agenda de trabalho de Dilma.

Os repasses teriam sido feitos em parcelas iguais de R$ 50 mil.

O pessoal da Odebrecht se refere a ele com o condinome de “Las Vegas”. O delator anexou cópias de troca de emails com Marcelo Odebrecht. O assunto da mensagem é “Las Vegas”. Filho fala sobre seu esquecimento em ter refeito o repasse e o então presidente da empresa responde “ok”. Outro representante da empresa responde que será resolvido.

Outras duas pessoas teriam ido ao escritório da empresa tratar da destinação do recurso para Anderson. São eles Douglas Rodrigues e Fábio Veras. Rodrigues seria sócio de Dorneles no “Redbar”, um bar que funciona dentro do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). A participação do então assessor nesse negócio teria levado Dilma a afastá-lo do cargo. Dorneles, quando perguntado sobre o assunto, nega ser dono do bar.

Em nota divulgada neste sábado, ele diz que nunca participou de runião na Odebrecht em Brasília e que nunca solicitou ou recebeu “qualquer ajuda financeira” e nem autorizou que uma terceira pessoa o fizesse em seu nome. Ele disse também que nunca foi responável pela agenda de Dilma.