O 1º Simpósio de Normas Brasileiras (NBR) de Informática em Saúde com o tema “Padrões para uma Saúde Conectada” foi realizado na sexta-feira (23) na Uniamérica – Faculdade União das Américas, em Foz do Iguaçu. O evento foi promovido pela Comissão de Estudo Especial de Informática em Saúde (ABNT/CEE-078) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Além de membros da ABNT/CEE-78, o Simpósio reuniu o diretor do DataSUS/MS, Guilherme Telles Ribeiro, e outros representantes da área de saúde do País. O encontro contou com apresentações sobre Normas Brasileiras (NBR), normas internacionais (ISO) e padrões relacionados com segurança da informação em saúde; conteúdo semântico; arquitetura de sistemas e aplicativos de informação em saúde; sumários de alta obstétrico e para continuidade do cuidado; e telemedicina; medicamentos e farmacovigilância: a padronização internacional.
O evento mostrou a importância da normalização na Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde em prol do paciente, além dos benefícios ao adotar sistemas tecnológicos de interoperabilidade para o desenvolvimento dos serviços de saúde prestados em todo o País.
Diretor técnico da ABNT, Eugênio Guilherme Tolstoy de Simone, falou sobre a importância da tecnologia em cada área de nossas vidas. “O futuro está na inteligência das coisas. Hoje em dia usamos a tecnologia para desempenhar tarefas básicas do dia a dia e é essencial otimizar esses recursos para investir na melhoria de serviços de saúde no País”, comenta o diretor.
A adoção de normas na área de saúde permite a interoperabilidade entre sistemas de informação, garantindo a melhoria de serviços e cuidados com a saúde e segurança dos pacientes em todo o país. Atualmente a integração de dados e informações organizadas em redes tornam a normalização um processo indispensável dentro do setor. Tecnologias como Internet das Coisas, Big Data, Inteligência Artificial e computação em nuvem também chegaram para a área de saúde, e com eles a exigência de modelos de informações que permitam o compartilhamento de dados em dispositivos móveis.
Para Eduardo Mugnai, coordenador da ABNT/CEE-078 e diretor da e-Prosaúde, esse trabalho reforça que a integração entre as informações é essencial para a qualidade da saúde no País. “A normalização vai permitir que o registro eletrônico de saúde seja integrado no prontuário, no laboratório, nos resultados de exames, assim como na dosagem de medicamentos, posologia e até mesmo registro de doenças. O acesso a um número maior de dados qualifica uma área que exige o maior cuidado possível de profissionais”, comenta Mugnai.
Interoperabilidade sintática, semântica e operacional
A Comissão de Estudo Especial de Informática em Saúde (ABNT/CEE-078) também assegura a compatibilidade de dados para propósitos de comparações estatísticas (por exemplo: classificações), além da redução de esforços e redundâncias.
Daiane Maciel, especialista da ABNT/CEE-078 e diretora de TI da e-Prosaúde, foi uma das responsáveis pelo evento.
A especialista é uma das criadoras do e-Terminologia, repositório unificado de armazenamento e correlação de terminologias respeitando padrões, formatos de armazenamento, e os mecanismos de acesso e atualização, adotando padrões nacionais e internacionais em suas soluções. “O nosso propósito é viabilizar interoperabilidade sintática, semântica e operacional entre sistemas de saúde, garantindo resultados rápidos e de qualidade, sempre aderentes à legislação vigente e às melhores práticas”, destaca Daiane.
