Cotidiano

Europol alerta que jihadistas tentarão novos ataques em nações europeias

RIO ? A Europol emitiu um alerta nesta sexta-feira afirmando que os combatentes do Estado Islâmico (EI) deverão tentar realizar novos ataques contra alvos europeus. As autoridades disseram que há dezenas de jihadistas prontos para atuar no continente. A mensagem vem enquanto o grupo extremista sofre com perdas de território no Oriente Médio.

As táticas de ataque poderiam incluir sequestros, extorsão e carros-bomba ? uma estratégia habitualmente empregada pelos jihadistas em Síria e Iraque. Segundo o relatório das autoridades, refugiados sírios na Europa podem ser vulneráveis ao recrutamento por extremistas que se infiltram nos campos de refugiados.

?As estimativas de alguns serviços de inteligência indicam que várias dezenas de pessoas diretamente vinculadas ao EI podem estar presentes na Europa com capacidade para cometer ataques terroristas?, diz o relatório. ?França e Bélgica, assim como todos os países da União Europeia que participam da coalizão contra o EI podem ser alvo do grupo terrorista ou de atentados inspirados (pela organização)?.

Nos últimos anos, a Europa sofreu uma série de ataques atribuídos ao Estado Islâmico. Em resposta, o diretor da Europol, Rob Wainwright, disse em comunicado que a escala da ameaça terrorista é agora amplamente reconhecida. Segundo o diretor, o aumento da cooperação entre as nações europeias já tinha descoberto planos de ataques e levado a mais prisões de jihadistas.

Em 2014, quatro tentativas de atentado foram detidas na Europa, com 395 terroristas presos. No ano seguinte, foram 17 tentativas interrompidas antes da sua execução e 667 terroristas presos, segundo os dados da Europol.

?A ameaça ainda é alta e inclui diversos componentes que podem apenas ser combatidos com uma colaboração ainda melhor?, disse Wainwright.

Além disso, aumentaram a escala e o impacto de chamados lobos solitários, que atuam sozinhos em lealdade de grupos terroristas. O documento reforça que os membros do EI são capazes de realizar atentados relativamente complexos de maneira rápida e eficaz.

O avanço da ofensiva contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque, que já recuperou dezenas de vilarejos e cidades, poderia se traduzir no aumento da volta de combatentes europeus que foram à região para se formar como jihadistas. A Europol ainda reforçou que a ameaça do EI não deve deixar esquecidas as ameaças da al-Qaeda e da al-Nusra.