Em entrevista coletiva em São Januário, o presidente Eurico Miranda explicou a saída do técnico Jorginho do comando do time do Vasco, depois de um ano e três meses de trabalho.
– A reformulação não seria feita se eu não tivesse conversado antes com o Jorginho. Chegamos a uma conclusão consensual – disse o dirigente, ao lado do treinador.
TABELA: Veja como foi a campanha do Vasco na Série B
Jorginho sofreu bastante pressão durante o segundo turno da Série B do Campeonato Brasileiro, quando o time teve forte queda de rendimento e passou de líder incontestável a ameaçado de não subir para a primeira divisão. O acesso de volta à elite só foi confirmado na última rodada, em jogo dramático contra o Ceará, no Maracanã lotado, sábado passado (vitória por 2 a 1).
O agora ex-treinador assumiu o comando do time do Vasco em agosto de 2015. Foi um dos responsáveis pela reação nas últimas rodadas que quase evitou o terceiro rebaixamento do clube em oito anos. No primeiro semestre de 2016 conquistou o bicampeonato carioca e manteve a equipe invicta por mais de 30 jogos.
Mas a fase ruim e os maus resultados do meses finais do ano deixaram o treinador em situação difícil, sendo bastante contestado por boa parte da diretoria, inclusive por Euriquinho, filho do presidente. Quem o manteve no cargo foi Eurico Miranda, que, embora depositasse confiança no trabalho até o final, ouvia muitas queixas sobre o rendimento do time e também reclamava.
Jorginho fez 87 partidas como técnico do Vasco, com 43 vitórias, 24 empates e 19 derrotas. O aproveitamento final foi de 49%.
No fim de semana, na entrevista coletiva após a vitória sobre o Ceará, Jorginho já falava em tom de despedida. Ele contou que “vozes internas e externas” queriam sua saída do clube. Elogiou a torcida, apesar das vaias quando seu nome foi mencionado pelo locutor no Maracanã, e fez uma avaliação do trabalho. O treinador reconheceu que a média de idade avançada da equipe pode ter criado dificuldades na parte física, especialmente no fim do campeonato.