Cotidiano

EUA chamam menino sírio ferido em ataque de 'verdadeiro rosto da guerra síria'

menino.jpg WASHINGTON ? Os Estados Unidos destacaram nesta quinta-feira que a foto do menino Omran Daqneesh, de apenas 5 anos, ferido em um bombardeio na cidade de Aleppo, constitui o “verdadeiro rosto da guerra” na Síria. As imagens do menino, sentado em uma ambulância e coberto de poeira e sangue, após um bombardeio sobre Aleppo, dominou as redes sociais desde quarta-feira.aleppo

? Quantos de vocês viram o vídeo ou a foto hoje deste menino. Ele tem uns cinco anos. Suponho que este menino jamais tenha passado um dia de sua vida longe da guarra, da morte, da destruição e da pobreza em seu país ? declarou John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado americano. ? Não é preciso ser pai, e eu sou, para entender que este é o verdadeiro rosto do que de fato ocorre na Síria.Menino resgatado em bombardeio vira símbolo da guerra

Segundo a Syrian American Medical Society, o menino foi hospitalizado mas já teve alta. Outras 12 crianças foram encaminhadas para o mesmo hospital, enquanto a cidade sitiada vive uma profunda crise humanitária ? que inclui a falta de médicos, suprimentos hospitalares, alimentos, água e luz.

Um médico disse que oito pessoas morreram no ataque aéreo, incluindo cinco crianças.

A foto de Omran foi compartilhada milhares de vezes nas redes sociais, incluindo por David Miliband, ex-ministro das Relações Exteriores do Reino Unido e agora presidente do Comitê Internacional de Resgate.

O porta-voz do departamento de Estado afirmou que a comunidade internacional precisa encontrar uma solução para a guerra civil na Síria, que já chega ao seu quinto ano consecutivo.

Kirby reconheceu que o fato de haver “tanta gente envolvida no conflito o torna muito complexo”. Os EUA vêm sendo pressionados pela comunidade internacional a acordar o fim das hostilidades no país, trabalhando junto com a Rússia. Os dois países mantêm campanhas militares aéreas na Síria.

? Esta é uma das razões pelas quais o secretário de Estado (John Kerry) se sente tão frustrado com o que ocorre na Síria. É por este motivo que seguimos exortando a Rússia a trabalhar na série de propostas que lhes apresentamos.

Durante a visita de Kerry à Rússia em meados de julho, Washington e Moscou acertaram medidas concretas, que permanecem ocultas, para combater os jihadistas.