Cotidiano

Estudo relata redução de 20% no buraco da camada de ozônio

WASHINGTON, Estados Unidos – O buraco na camada de ozônio sobre a Antártica está começando a se curar. Segundo estudo publicado pela revista “Science” nesta quinta-feira, em um triunfo de cooperação internacional contra um problema ambiental causado pela ação do homem, pesquisadores perceberam que o rombo atmosférico observado entre setembro e outubro está se tornando menor e se formando mais tarde no ano.

No estudo, cientistas americanos e britânicos mostram as evidências de que a camada de ozônio, responsável por proteger a Terra dos raios ultravioleta, está se recuperando, após ter sido devorada durante décadas por compostos químicos emitidos de refrigeradores antigos e sprays de aerossol. Em 1987, porém, quase todos os países do mundo assinaram o Protocolo de Montreal, no qual se comprometeram a banir o clorofluorcarbono (CFC) usado naqueles aparelhos eletrônicos e produtos de higiene.

Eles informam que o buraco diminuiu cerca de 4 milhões de quilômetros quadrados no mês de setembro, em comparação com o mesmo mês de 2000. Seria uma redução de cerca de 20%, correspondente em tamanho a pouco menos da metade do território brasileiro. Além disso, o buraco está levando dez dias a mais para atingir seu maior tamanho.

O estrago na camada de ozônio não será completamenta fechado antes de metade do século, mas a sua cura está se apresentando antes do que cientistas esperavam, explica a cientista Susan Solomon, pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT) e principal autora do trabalho publicado na “Science”.

– Não se trata apenas de o paciente estar em remissão. Ele está realmente melhorando. O paciente ficou muito doente nos anos 80, quando estávamos jogando todos aqueles compostos de cloro na atmosfera – diz Susan, que liderou as expedições americanas para medir o buraco na camada de ozônio nos anos 80 e também está a frente de estudos sobre aquecimento global. – Acho que é uma tremenda injeção de esperança para consertar problemas ambientais, como as mudanças climáticas causadas pelo homem