Esportes

Estruturas se adaptam para receber competições paralímpicas

Quem disse que a festa acabou? Ela continua, agora adaptada: depois de receber os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul, o Rio de Janeiro também recebe pela primeira vez os Jogos Paralímpicos, maior evento de superação no mundo. As instalações construídas sediam 23 modalidades paralímpicas, nas quais os atletas participam de 528 provas ao longo de 11 dias.

Os Jogos Paralímpicos são disputados por atletas com deficiências físicas ou deficiências mentais. E desde Seul, na Coreia do Sul, em 1988, são disputados na mesma cidade onde ocorrem os Jogos Olímpicos de Verão.

Para receber as competições, algumas arenas usadas nos Jogos Olímpicos precisaram passar por modificações. Um dos exemplos é a Quadra 1 do Centro Olímpico de Tênis: o espaço foi adaptado para receber o Futebol de 5 (uma versão do esporte disputada por deficientes visuais) nas Paralimpíadas.

Local das disputas de esgrima e taekwondo nas Olimpíadas, a Arena Carioca 3 é a sede do Judô Paralímpico e da Esgrima com Cadeira de Rodas. Equipado por 108 luminárias da GE, sua iluminação mais do que dobrou com relação aos eventos anteriores.

– Precisamos ajustar a iluminação para ficar compatível com as exigências de transmissão e para a execução dos esportes – conta Rogério Oliveira, designer de iluminação da GE responsável pela adaptação da Arena Carioca 3. Essas modificações levaram cerca de dois dias para serem finalizadas.

– Como a prática dessas modalidades estava prevista no projeto inicial, não foram necessárias grandes alterações. Em dois dias concluímos com calma os ajustes, que não são os mesmos para o judô e a esgrima: cada um tem um sistema diferente – explica.

Oliveira explica que no caso do Judô Paralímpico, disputado por deficientes visuais de diferentes graus, o trabalho foi realizado para que as luzes não incomodem os atletas que ainda possuem parte da visão.

– Para a transmissão, não há diferença na iluminação do Judô Olímpico ou Paralímpico, mas, para os atletas, outras adequações foram feitas – ressalta Oliveira.

Já o Parque Olímpico recebeu maior quantidade de rampas para facilitar o deslocamento. Os medalhistas paralímpicos também terão, pela primeira vez, medalhas equipadas com guizos que emitem sons diferentes para que os deficientes visuais possam identificar as de ouro, as de prata e as de bronze. Logo no primeiro dia de competição, o Brasil já ouviu o som do ouro duas vezes. Que esse começo arrebatador coroe nossa melhor participação em uma edição dos Jogos Paralímpicos.