Cotidiano

Estados mais endividados devem pressionar por socorro similar ao do Rio

BRASÍLIA. O socorro de R$ 2,9 bilhões dado ao Rio de Janeiro, que decretou ontem calamidade pública, deve ser usado pelos outros estados mais endividados como forma de pressão ao governo por uma ajuda em proporções similares. A equipe econômica já sabia que teria que dar uma ajuda extra para os governos regionais que estão com maiores problemas de caixa. Além do Rio, estão nessa lista Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que pedem ao governo uma solução que vá além da proposta de alongamento da dívida com a União, negociada pelo Ministério da Fazenda com os estados.

O secretário de Fazenda do Rio Grande do Sul, Giovani Feltes, afirma que o estado vai pedir ao governo na reunião marcada para a próxima segunda-feira com todos os governadores, que estude uma medida em proporções similares. Segundo ele, não há ainda intenção do estado em decretar estado de calamidade pública, apesar de considerar que o Rio Grande do Sul tem problemas estruturais ainda mais graves do que os do Rio.

? O socorro ao Rio foi necessário, mas não queremos crer que o que foi concedido a um estado não vá ser concedido na mesma proporção a outros.

Ele explica que a ajuda poderia ocorrer de diferentes formas para ?estar no mesmo patamar? do empréstimo dado ao Rio. Além de financiamentos, Feltes cita a liberação de recursos do Comprev (fundo de compensação previdenciária aos estados por casos de contagem recíproca de tempo de contribuição para aposentadorias) e o refinanciamento de dívidas.

? A União tem vários mecanismos que podem ser usados para beneficiar igualmente os outros dois estados.