Cotidiano

Estado só vai vender as ações excedentes

No caso da Sanepar, o Estado detém atualmente 74% das ações ordinárias e da Copel o Estado tem 58,5% das ações e vai manter 51% delas

Curitiba – O deputado Luiz Claudio Romanelli, líder do Governo na Assembleia Legislativa, rebateu ontem a versão da oposição de que os projetos em tramitação na Assembleia Legislativa para modernizar a administração e a gestão fiscal do Estado abram brecha para a privatização da Copel e da Sanepar, as duas principais estatais paranaenses.

“A oposição dissemina informações equivocadas ao dizer que o governo pretende privatizar a Copel e a Sanepar. Isso não é verdade. O que o governo pretende é vender ações excedentes. O Estado vai manter o controle acionário das duas empresas públicas”, garantiu Romanelli sobre o pacote fiscal que começou a ser votado na segunda-feira.

No caso da Sanepar, o Estado detém atualmente 74% das ações ordinárias. “Em 1995, aprovei emenda que determina que o Estado deve ter, no mínimo, 60% das ações. Temos hoje excedente de 14% que pode ser comercializado. Mas só serão vendidas pelo valor patrimonial, que é de R$ 9 por ação, e não pelo valor da Bolsa de Valores, que é de R$ 6”, assegurou Romanelli.

No caso da Copel, o Estado tem 58,5% das ações e vai manter 51% delas. “Ninguém está aqui para votar a dilapidação do patrimônio público”, acrescentou Romanelli, ressaltando que os paranaenses não serão lesados, pelo contrário, pois os recursos arrecadados serão investidos em saúde, educação e segurança, além de obras e programas que melhorem a vida dos paranaenses.

 

ADIAMENTO

Um pedido de vistas de vários deputados adiou a apreciação, na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, das emendas apresentadas segunda-feira ao pacote de ajuste fiscal. Com isso, a votação em segundo turno das medidas, prevista inicialmente para ontem, foi adiada para a próxima segunda-feira.

BANCADA OESTINA

A bancada representativa do Oeste paranaense, uma das maiores na composição atual da Assembleia Legislativa, tem se posicionado de forma bem dividida na votação do ajuste fiscal, que foi desmembrado em seis projetos. Adelino Ribeiro, André Bueno, Claudia Pereira, Elio Rusch e José Carlos Schiavinato tem votado a favor e Ademir Bier, Chico Brasileiro, Marcio Pacheco, Nereu Moura e Professor Lemos votaram contra. Já Leonaldo Paranhos não votou por estar licenciado do mandato até ontem.