Cotidiano

Estado se reunirá com governo federal por valor maior de diária por leito

Repasse para hospitais de Cascavel é menor do que para demais regiões do Paraná

Cascavel – O governo federal realiza repasse de R$ 800 por diária em leito de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) à macrorregião formada por 29 municípios da região de Curitiba e à macrorregião Norte, que compreende 126 municípios, dentre eles, Londrina e Maringá. Já em Cascavel, um leito equivalente recebe R$ 470.

Em contato com o Ministério da Saúde, a informação é de que para receber a diária de R$ 800 pelo leito de UTI é necessário que exista uma discussão regional, que passa por uma comissão que envolve Estado e municípios, além da implementação da RUE (Rede de Urgência e Emergência), o que ocorre de forma regionalizada e exige que alguns componentes estejam implantados, como o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

O superintendente de gestão de sistema de saúde do Paraná, Paulo Almeida, relata que, para a equiparação do repasse às instituições hospitalares, falta o Ministério da Saúde realizar a habilitação das demais macrorregiões do Estado e que para solicitar esse credenciamento de forma pessoal, o governo do Estado e secretários municipais devem se reunir com o Ministério da Saúde no dia 6 de agosto, em Brasília.

“Será uma reunião com a participação de deputados federais e do secretário de Saúde do Estado, Michele Caputo Neto”, relata.

A assessoria da Pasta informa que o Paraná solicita o credenciamento dos municípios desde 2013 na rede de urgência e emergência e que o governo do Estado cobra do ministério uma política mais coerente, sendo que vários ofícios já foram enviados.

“Todos os requisitos que o governo federal solicita para a habilitação foram cumpridos, como hospitais credenciados à Rede de Urgência e Emergência e a regionalização do Samu”.

A secretaria de Saúde ainda relata que no estado vizinho de Santa Catarina todos os municípios recebem valores de diárias por leitos do SUS de R$ 800.

“Trata-se de uma política desigual que causou um déficit a prestadores de serviços, municípios e consórcios de mais R$ 500 milhões com o Estado”, informa.

(Com informações de Marcelo Machado)