Cotidiano

Estado do Paraná lidera desemprego em junho

São Paulo – O emprego formal se manteve estável em junho no Brasil. Foram registradas no mês 1.167.531 admissões e 1.168.192 desligamentos, que resultaram em um saldo negativo de 661 vagas. No acumulado do ano, o saldo ficou positivo em 392.461 empregos, crescimento de 1,04% em relação ao primeiro semestre de 2017. Se considerados os saldos dos últimos 12 meses (julho de 2017 a junho de 2018), o resultado também é positivo. Foram criados 280.093 postos formais, 0,74% a mais do que no período anterior. Com isso, o estoque de empregos no País ficou em 38,21 milhões.

As informações estão no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado pelo Ministério do Trabalho nessa sexta-feira (20), que mostra também a evolução do emprego conforme o setor da economia.

Dezesseis unidades federativas registraram variação positiva no emprego e onze, negativa. Os melhores resultados foram em Minas Gerais, onde foram abertas 12.143 vagas, Mato Grosso (5.412), Maranhão (2.807) e Goiás (2.173).

O Paraná foi o destaque negativo, liderando o fechamento de postos de trabalho: 6.609 em junho, seguido por Rio Grande do Sul (6.521), São Paulo (4.450) e Santa Catarina (4.020). Diante disso, o Sul foi a única região brasileira a fechar com saldo negativo: total de 17.150 postos fechados.

Quatro das cinco regiões brasileiras tiveram crescimento no emprego formal em junho. No Centro-Oeste foram criadas 8.366 vagas; no Sudeste, 3.612; no Nordeste, 3.581; e no Norte, 930.

Por setores

As atividades que mais criaram vagas foram as ligadas à Agropecuária, que teve saldo de 40.917 empregos, resultantes de 113.179 admissões e 72.262 desligamentos, uma expansão de 2,58%.

O segundo melhor desempenho da economia no mês foi o do setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública, com saldo de 1.151 postos, resultado de 6.849 admissões e 5.698 desligamentos.

O setor de Serviços ficou estável em junho, com saldo de 589 empregos formais, consequência de 480.517 admissões e 479.928 desligamentos. As demais áreas da economia tiveram desempenho negativo no mês.

O Comércio foi o setor com o pior resultado de junho, com retração de 0,23% em relação a maio. O saldo do mês ficou negativo em 20.971 vagas, devido às 279.271 admissões e aos 300.242 desligamentos. Em seguida, veio a Indústria de Transformação, que admitiu 176.249 trabalhadores e desligou 196.719, apresentando um saldo negativo de 20.470 vagas, uma queda de 0,28% em relação ao mês anterior.

Acordo

Em junho de 2018, houve 13.236 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 10.053 estabelecimentos. Um total de 18 empregados realizou mais de um desligamento. São Paulo foi o estado que registrou a maior quantidade de desligamentos (4.039 vagas), seguido por Paraná (1.465) e Rio Grande do Sul (1.170).

Esses desligamentos ocorreram nos setores de Serviços (6.388), Comércio (3.414), Indústria de Transformação (2.017), Construção Civil (698), Agropecuária (556), Serviços Industriais de Utilidade Pública (87), Extrativa Mineral (34) e Administração Pública (42).

Trabalho intermitente

Nessa modalidade de contratação, houve 4.068 admissões e 1.380 desligamentos, gerando um saldo de 2.688 empregos, envolvendo 1.299 estabelecimentos. Um total de 30 empregados firmou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente. Os estados com maior saldo de emprego nesta modalidade foram São Paulo (873 postos), Rio de Janeiro (286) e Paraná (229).