Cotidiano

?Esquadrão da morte? de presidente filipino diz ter jogado corpos aos crocodilos

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MANILA ? Em uma sessão surpreendente de um tibunal nas Filipinas, uma testemunha afirmou ter sido paga pelo presidente do país, Rodrigo Duterte, para conduzir execuções extrajudiciais especialmente crueis. O depoimento foi de Edgar Matobato, um antigo membro do ?esquadrão da morte? de Davao, cidade onde Duterte atuou como prefeito e mantinha o grupo como assassinos associados ao seu governo. Dentre os seus relatos, ele disse ter cortado corpos em pedaços, cometido assassinatos com fita isolante e alimentado crocodilos com restos mortais.

Matobato falou a legisladores filipinos em audiência para a investigação da onda de execuções extrajudiciais desde que Duterte assumiu o poder há poucos meses. Mais de 3 mil pessoas já morreram na campanha anti-drogas do presidente.

Ele afirmou que o presidente e o seu filho, Paolo Duterte, estavam envolvidos em uma série de crimes brutais na cidade de Davao. Segundo seus relatos, que não puderam ser independentemente confirmados, o então prefeito era chamado enre os membros do ?esquadrão da morte? de Charlie Mike ? e encomendou dezenas de assassinatos, cujas vítimas variaram desde traficantes de drogas até o namorado da sua irmã.

? A pessoas em Davao eram tratadas como galinhas. Eram assassinadas sem nenhum motivo ? disse Maobato, que diz ter matado cerca de 50 pessoas enquanto membro do grupo. ? Nosso trabalho era matar criminosos com traficandes de drogas, estupradores ou ladrões.

Além disso, Matobato relatou ter ouvido pessoalmente Duterte ordenar o bombardeamento de mesquitas em Davao nos anos 1990, em retaliação ao ataque contra uma catedral:

? Ele ordenou que nós matássemos muçulmanos.

As declarações da testemunha foram classificadas de mentirosas pelo ministro da Justiça das Filipinas, Vitaliano Aguirre. Ele disse que estas são fabricações da imaginação fértil de Matobato.