No coração da cidade, com vista para o Cristo e no silêncio de quem está aos pés do morro da Urca. Essa será a “casa” do Brasil nos Jogos do Rio. Neste terça-feira, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) inaugurou a principal base do Time Brasil na Olimpíada, fora da vila olímpica. Seguindo o modelo do Crystal Palace, em Londres-2012, o Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), na Urca, será o hotel do vôlei de praia e da vela durante todo o período olímpico. Boxe, lutas olímpicas, taekwondo, handebol feminino e tiro com arco também usarão as estruturas de treinamento do local, que conta com a segurança dos militares e até um praia privativa. Olimpíada Rio-2016, estrutura
Ao todo, serão sete lugares como esse espalhados pela cidade. Ao escolher esses espaços, o COB buscou privacidade, autonomia nos horários de treinamento e proximidade dos locais de competição. Para o vôlei de praia e a vela, por exemplo, a vila olímpica, localizado no Parque Olímpico da Barra, é distante demais, mesmo com os corredores expressos.
– Cada caso foi escolhido individualmente. Cada confederação, equipe e atleta foram ouvidos. Tudo foi ponderado. Aqui na Urca, estamos muito perto de Copacabana (onde está sendo montada a arena do vôlei de praia) e da Marina da Gloria (local de vela nos Jogos) – explicou Adriana Behar, gerente de planejamento do COB.
Além disso, a Urca vai centralizar alguns serviços, como entrega e ajustes de uniforme do Time Brasil. Há também uma grande área de convivência para os atletas, com videogames (existe até um simulador de corrida) e aparelhos de televisão.
Os primeiros atletas a entrarem no CCFEx foram os seis classificados do tiro com arco. Hoje, foi a vez dos nove competidores do boxe “se mudarem” para a nova casa.
Mesmo com toda a comodidade do local, há quem prefira ficar na vila olímpica, como os jogadores de vôlei de praia Alison e Bruno Schmidt.
– Alison, que é meu amigo pessoal, acha que a energia da vila ajudou em Londres (quando foi prata ao lado de Emanuel) e quer repetir isso aqui – afirmou Marcus Vinicius Freire, superintendente do COB.
O COB informou que, se quiserem, os atletas poderão dormir pelo menos uma noite na vila olímpica.
