Cotidiano

Escassez de divisas atrasa pensões a venezuelanos no exterior

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MADRI – Depois de motivar grandes e frequentes protestos em Caracas e outras cidades, a crise atravessou fronteiras e ontem provocou manifestações na Espanha, onde vivem milhares de venezuelanos. Em Madri, Barcelona, Vigo, Bilbao e Tenerife, pessoas se manifestaram em frente aos consulados do país exigindo o pagamento de suas aposentadorias. Segundo alguns beneficiários, o atraso de meses de pagamentos já provoca enormes dívidas com aluguel e incide na falta de dinheiro até para comprar remédios. Escassez

No principal protesto, em Madri, dezenas de idosos carregavam bandeiras venezuelanas e gritavam palavras de ordem pedindo o pagamento. Segundo a maioria, eles não recebem pelo menos desde janeiro. Outros estão ainda há mais tempo sem pagamento.

? Não recebo minha pensão desde o segundo semestre de 2015 ? disse à EFE um homem que não quis se identificar.

Na maioria dos casos, os afetados são pessoas de idade avançada. Alguns disseram sofrer com atrasos para pagar o aluguel, estão contraindo dívidas, foram morar com os filhos e não conseguem sequer comprar remédios ? e não podem importar os do próprio país, que vive grave crise de abastecimento.

O problema tem sido vivido em outros países com os quais a Venezuela tem convênios de pagamento de aposentadoria a cidadãos expatriados: Chile, Itália e Portugal. A cônsul-geral Ginette de las Nieves González Latorraca se reuniu com alguns dos manifestantes em Madri e explicou a eles que os atrasos se devem à escassez de divisas ? os pagamentos são feitos em euros.

? Ela nos disse: ?Assim como se repartem os frutos, também se repartem as perdas? ? contaram membros do grupo.