Economia

Endividamento tem queda no Paraná

As condições de pagamento das dívidas e a inadimplência também melhoraram no mês passado, o que pode indicar o início da recuperação da situação financeira das famílias

Endividamento tem queda no Paraná

Curitiba – O Paraná registrou em agosto o menor nível de endividamento desde o início da pandemia. De acordo com a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e pela Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná), 89,4% dos paranaenses possuíam algum tipo de dívida em agosto. Em julho, o percentual foi de 90%. Esse é o menor nível desde março, quando alcançou 88,8%.

As condições de pagamento das dívidas e a inadimplência também melhoraram no mês passado, o que pode indicar o início da recuperação da situação financeira das famílias. O percentual de endividados com contas em atraso caiu de 30,4% em julho para 29,5% em agosto.

Embora seja bem maior que a média nacional, o endividamento dos paranaenses está seguindo em sentido contrário do restante do País. Enquanto o número de brasileiros endividados cresceu ligeiramente em agosto, ao passar de 67,4% em julho para 67,5%, no Paraná houve uma pequena queda do indicador.

O cartão de crédito continua concentrando a maior parte das dívidas no Estado e apresentou crescimento na variação mensal, ao subir de 69,9% em julho para 71,6% em agosto. Os outros motivos que levam às dívidas são o financiamento imobiliário, que passou de 9,9% em julho para 9,0% em agosto, e a compra de veículos, que teve queda sutil de 9,8% em julho para 8,9% no mês passado.

A pesquisa revela ainda que as famílias paranaenses estão voltando a ter condições de honrar seus compromissos financeiros. A parcela de endividados que afirmavam não ter condições de pagar as dívidas em atraso começou a crescer em junho, quando correspondia a 14,5%, e chegou ao pico da série histórica em julho, ao atingir 15,3%. Em agosto, a falta de condições de quitar as dívidas caiu para 14,0% dos endividados.