Cotidiano

Empréstimo com garantia imobiliária pode ser alternativa para fugir do juro alto

Que tal começar a planejar a virada do ano com as contas organizadas e com planos para aproveitar a esperada recuperação da economia brasileira? Os juros altos, especialmente para quem teve de recorrer ao cheque especial, ao crédito rotativo do cartão de crédito e empréstimo de financeiras, vêm tirando o sono de muita gente. Por isso, é preciso ter muita cautela na hora de buscar alternativas para colocar as contas em ordem e até pensar na possibilidade de passar de devedor para aquele seleto grupo que guarda até dinheiro em caixa.

Ainda pouco conhecido pelos brasileiros, o empréstimo com garantia imobiliária (também chamado de home equity) oferece uma das taxas de juros mais baixas do mercado entre todas as modalidades de crédito pessoal.

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Funciona da seguinte forma. O imóvel, que deve estar regularizado e quitado, é oferecido como garantia no contrato de empréstimo. Com o valor contratado, o cliente recebe o dinheiro e tem, além de juros bem menores, um prazo mais longo para pagar do que se vê em outras modalidades de financiamento. Em contrapartida, se tiver problemas de inadimplência pode perder o bem.

A Associação de Poupança e Empréstimo ? POUPEX, instituição que atua no Sistema Financeiro da Habitação, autorizada e fiscalizada pelo Banco Central, passou a oferecer o Empréstimo com Garantia Imobiliária em fevereiro passado. A nova linha de crédito, segundo a instituição, vem despertando grande interesse do público, em boa parte porque permite minorar o endividamento das famílias, já que as dificuldades financeiras estão em trajetória de alta.

Dados recentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que, em setembro, 58,2% das famílias brasileiras estavam endividadas. Do total de famílias, 9,6% disseram não ter como pagar as dívidas feitas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, seguro ou prestação de carro.

Paralelamente ao aumento dos endividados e inadimplentes, o Brasil também tem visto taxas de juros cada vez mais altas. Quem se atrapalhou com o cartão de crédito e teve que recorrer ao rotativo está pagando 463,03% de juros ao ano, segundo dados de setembro da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Já aqueles que tropeçaram no cheque especial tem de arcar com uma taxa de 309,24% ao ano.

Com juros tão altos, o empréstimo com garantia imobiliária pode ser a alternativa mais barata do mercado. A POUPEX, por exemplo, concede crédito de até 60% (limitado a R$ 1,5 milhão para quem tem menos de 70 anos) do valor de avaliação do imóvel (que não pode ser superior a R$ 2,5 milhões). Quem tiver mais de 70 anos pode negociar até R$ 300 mil. A taxa nominal de juros é de 17,4% ao ano (ou 1,45% ao mês). O prazo para quitar o empréstimo é de até 20 anos. A soma do prazo de financiamento com a idade do interessado no financiamento mais idoso não poderá ultrapassar 80 anos.

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De viagem a um empreendimento

A destinação de recursos obtidos com o Empréstimo com Garantia Imobiliária fica a critério do tomador. Podem ser usados tanto para pagar uma dívida quanto para investir em uma viagem de estudos. Também é uma alternativa para quem tem um negócio, tanto para pagar os compromissos financeiros assumidos quanto para expandir o empreendimento. Segundo a Anefac, em setembro, o juro ao mês para pessoa jurídica chegou a 4,81% ao mês (75,72% ao ano) ? o maior desde agosto de 2003 (4,86% ao mês ? 76,73% ao ano).

Com a perspectiva de uma nova fase de expansão econômica em 2017, como foi divulgada recentemente pelo Fundo Monetário Internacional (estimativa de crescimento do PIB de 0,5% para o ano que vem), muitos empresários começam a fazer planos para aproveitar o clima de retomada para também expandir os negócios. E os juros mais baixos podem facilitar na hora do planejamento.

Serviço

– A POUPEX tem 58 pontos de atendimento no Brasil – www.poupex.com.br

– É necessário apresentar cópia dos três últimos contracheques, carteira de trabalho (se for o caso) e da última declaração do Imposto de Renda (acompanhada do recibo de envio à Receita Federal).