Cotidiano

Empresas não venderão mais refrigerantes a crianças de 12 anos em escolas

RIO – Três gigantes do setor de bebidas, a Coca-Cola Brasil, a Ambev e a PepsiCo Brasil fizeram um acordo para não vender mais refrigerantes para crianças de até 12 anos em cantinas de escolas do país. A informação foi divulgada na coluna de Ancelmo Gois, no GLOBO. A partir de agosto, para esse público, as empresas comercializarão apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que “atendam a critérios nutricionais específicos”, de acordo com um comunicado enviado à imprensa nesta quarta-feira.

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Segundo a nota, escolas voltadas para crianças de até 12 anos, ou com a maioria de seus alunos nessa faixa etária, não poderão mais comprar refrigerantes, que são bebidas cuja concentração de açúcar é considerada prejudicial à saúde por nutricionistas. O próprio comunicado informando sobre o acordo das empresas começa dizendo que “a obesidade é um problema complexo, causado por muitos fatores, e as empresas de bebidas reconhecem seu papel de ser parte da solução”.

Taxas de sobrepeso obesidade vêm crescendo no mundo inteiro, tanto entre adultos quanto entre crianças, de acordo com diferentes relatórios globais. Trata-se, segundo profissionais da área de saúde, de uma consequência direta da falta de exercícios físicos, mas, principalmente, da dieta baseada em alimentos processados e açucarados. A obesidade é um dos maiores causadores da diabetes do tipo 2, causada pelos maus hábitos alimentares.

A nova política alcança de imediato as escolas que compram seus produtos diretamente dos fabricantes e de seus distribuidores. Em relação aos colégios que compram de supermercados e redes de atacado, haverá uma ação de sensibilização por meio da qual todos os comerciantes serão estimulados a aderir a essa tendência.

O comunicado sobre o acordo diz que, “no momento do recreio, os alunos têm acesso às cantinas escolares sem a orientação e a companhia de pais e responsáveis, e crianças abaixo de 12 anos ainda não têm maturidade suficiente para tomar decisões de consumo”. Por conta disso, as três empresas se propõem a auxiliar na formação de um ambiente de escolhas mais adequadas para crianças em sua alimentação. De acordo com a nota, a escolha dos produtos a serem vendidos foi baseada em conversas com especialistas em saúde pública, alimentação e nutrição.