Cotidiano

Empregos triplicam e região tem melhor agosto em cinco anos

Líder nas contratações, serviços respondem por metade das novas vagas

Foz do Iguaçu – Os seis maiores municípios da região oeste do Paraná registraram o melhor agosto para a contratação formal de trabalhadores dos últimos cinco anos. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados ontem revelam que, na comparação com agosto do ano passado, as efetivações agora, já deduzidas das demissões, mais que triplicaram.

O aumento é de 234% ante as 319 novas carteiras assinadas em agosto de 2017. Desta vez, foram 1.067 novas vagas, com um cenário indicando que essa recuperação no mercado formal poderá se acentuar na reta final do ano. “Acreditamos nessa tendência para o fim do ano. Em Toledo estimamos que a partir deste mês [de setembro] saímos de vez da lista de mais demissões do que contratações”, afirma o gerente da agência do Trabalhador no Município, Valduir Fernando Ferreira de Quadra.

A cidade foi a única do oeste, entre Assis Chateaubriand, Cascavel, Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon, Medianeira e Toledo, a registrar no mês passado mais demissões do que contratações. Foram fechadas 66 ocupações, puxadas pelos serviços (-77), pela indústria da transformação (-30) e pela agropecuária (-12). Neste caso, os três segmentos estão diretamente associados. A indústria ainda sofre os reflexos das demissões em série, registradas em um grande frigorífico local que está com parte da sua linha de produção parada.

Os desligamentos em serviços estariam diretamente associados a prestadores de serviços nas áreas de aviários, por exemplo, bem como os trabalhadores na agricultura desligados de suas funções. “Mas neste mês já vivemos uma condição diferente. Temos muitas vagas abertas, inclusive para a indústria e para muitas outras áreas”, reforçou o gerente.

Os demais segmentos avaliados pelo Caged em Toledo fecharam com mais contratações do que demissões em agosto.

O Município com maior número de efetivações no oeste foi o de Foz do Iguaçu, com 424 novas ocupações formais. Mais da metade (223) somente no setor de serviços.

Cascavel foi a segunda colocada no ranking regional com 361 novas ocupações formais, também fomentadas pelos serviços, com 272 efetivações. O segmento responde por mais da metade das novas carteiras assinadas no mês passado.

Medianeira fechou o mês de agosto com 201 colocações, Marechal Rondon com 121 e Assis Chateaubriand com 21.

No acumulado do ano, a região gerou 6.471 novas oportunidades de emprego. O Município de Cascavel foi o que mais empregou no período, de janeiro a agosto. Foram 2.328 novas ocupações, seguidas por Foz do Iguaçu com 1.791; Medianeira com 1.055; Marechal Rondon, 804; Toledo, com 377; e, Assis, com 116. De janeiro a agosto do ano passado o oeste havia criado 3.461 novas oportunidades no mercado formal de trabalho. O avanço, no período neste ano, foi de 87%.

 

Números no Paraná

No Paraná, o Caged indica que foram criadas 10.339 novas vagas de trabalho com carteira assinada, 72% delas no setor de serviços. A agropecuária e a utilidade pública foram os únicos setores no Estado com registro de mais desligamentos do que efetivações: -138 e -21, respectivamente.

No acumulado do ano, o Estado tem 45.102 contratados com registro em carteira. Os serviços respondem por mais de 31 mil destas efetivações, ou seja, mais de dois terços.

 

Brasil tem melhor resultado desde 2013

A economia brasileira gerou um saldo positivo de 110.431 postos de trabalho com carteira assinada em agosto, de acordo com o Caged. O resultado é o melhor para o mês desde agosto de 2013, quando foram gerados 127.648 empregos formais. Agosto é o oitavo mês seguido com criação de empregos formais, de acordo com a série histórica com ajuste sazonal. O mês registrou o segundo melhor desempenho do ano e atrás apenas de abril, quando a economia gerou 127.134 empregos formais.

O resultado mensal positivo foi puxado pelo setor de serviços, que registrou a criação de 66.256 empregos, seguido pelo comércio, que acumulou 17.859 novos empregos, e a indústria de transformação, com 15.764 novos trabalhadores.

Entre os demais setores, a construção civil criou 11.800 empregos, os serviços industriais de utilidade pública ganharam 1.240 postos, o segmento de extração mineral teve 467 empregos criados e a administração pública, outros 394 novos postos. Por outro lado, o agronegócio registrou fechamento de 3.349 empregos formais no mês passado. Esse foi o único setor econômico com fechamento de empregos no mês passado.

Serviços

O setor de serviços gerou mais de 66 mil empregos no mês passado com a liderança do segmento de ensino e das empresas de administração de imóveis. O subsetor de ensino gerou 20.338 empregos formais no mês passado e liderou a expansão do mercado de trabalho nos serviços. Em seguida, o segmento de comércio e administração de imóveis terminou o mês com 18.074 empregos formais.

No comércio, que terminou o mês de agosto com 17.859 novos empregos, o segmento varejista liderou a criação de postos, com 14.019 empregos. O comércio atacadista fechou o mês com 3.840 novos empregos formais.

Na indústria, que terminou o mês com 15.764 empregos novos, a liderança do movimento foi da indústria de alimentos e bebidas, com 16.926 postos de trabalho.