RIO ? O último dia de competições do remo na Olimpíada do Rio, com quatro disputas de medalha, trouxe emoção de sobra à Lagoa Rodrigo de Freitas. Logo na primeira decisão do dia, o Single Skiff masculino, o neozelandês Mahé Drysdale precisou do tira-teima para conquistar o bicampeonato olímpico.
APP RIO OLÍMPICO: Baixe grátis o aplicativo e conheça um Rio que você nunca viu
Drysdale assumiu a liderança na metade da prova e tinha meio barco de vantagem ao entrar nos últimos 300 metros. Foi quando o croata Damir Martin engatou um sprint espetacular e cruzou a chegada praticamente junto a Drysdale. O telão, a princípio, apontou vitória para Martin. Depois, com auxílio fotográfico, a vitória foi confirmada para Drysdale. O tcheco Ondrej Synek cruzou em terceiro e ficou com o bronze
Drysdale, de 37 anos, não escondeu a emoção no pódio. Martin, dez anos mais novo, também chorou após receber sua medalha de prata – lágrimas de alegria, garantiu ele:
? Essa é minha primeira Olimpíada no Single Skiff. Estou no começo do meu ciclo, enquanto Mahé está no final. Não importa ter sido o segundo colocado, porque fui tão bom quanto o primeiro. É até difícil dizer o que senti quando cruzei a chegada. Não pensei que tinha vencido… ? declarou Martin, interrompendo a entrevista para conter as lágrimas.
Veja também na série em vídeo: Segredos Olímpicos: Motor e Proa
TRADIÇÃO
Na decisão feminina do Single Skiff, a australiana Kim Brennan, bronze em Londres-2012, lavou a alma do seu país e conquistou o ouro, tendo a americana Geneva Stone em segundo e a chinesa Jingli Duan em terceiro. Este foi o único ouro da Austrália no remo, esporte em que o país é uma das tradicionais potências.
? Estou muito orgulhosa. É muito especial devido à tradição que temos no remo. Acredito que existam várias jovens meninas neste momento que podem querer seguir os meus passos ? afirmou Brennan.
As finais masculina e feminina do Oito Com, prova mais tradicional do remo, tiveram a confirmação de um favoritismo e o surgimento de um novo campeão olímpico. Entre as mulheres, a guarnição dos EUA cruzou em primeiro e manteve o que é, segundo a revista Sports Illustrated, a dinastia mais longa do esporte olímpico na atualidade: são dez anos de invencibilidade, o que inclui todos os títulos mundiais e olímpicos disputados no período. A prata ficou com a Grã Bretanha, e o bronze foi da Romênia.
Pouco após a prova, a remadora americana Amanda Elmore passou mal e precisou sair amparada de um banheiro próximo à zona mista, a caminho do pódio, enquanto outras atletas dos EUA se demoraram um pouco para acompanhar a final masculina do Oito Com. A torcida das americanas não foi o suficiente para os rapazes dos EUA, que chegaram em quarto e, a exemplo de Londres-2012, não conseguiram medalha.
A final masculina do Oito Com foi vencida pela Grã Bretanha, que desbancou o barco da Alemanha, ouro em Londres-2012 e considerado até então favorito ao bicampeonato olímpico no Rio. A guarnição britânica foi implacável: liderou desde o início e, embora tivessem os alemães no encalço, não sentiram pressão ou cansaço e cruzaram a chegada em primeiro. A prata foi da Alemanha. e o bronze foi da Holanda.
O resultado no Oito Com masculino deixa a Grã Bretanha como maior vencedora do remo nesta Olimpíada, com três ouros e duas pratas. Alemanha e Nova Zelândia ficaram logo atrás: cada um levou dois ouros e uma prata nesta Olimpíada.
