Toledo – O Programa Oeste em Desenvolvimento e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária assinarão amanhã carta de intenção que viabilizará estudos no solo de propriedades do Oeste do Paraná. O compromisso será firmado durante o 3º Fórum de Desenvolvimento Econômico do Território do Oeste do Paraná, na Pontifícia Universidade Católica em Toledo.
Biofertilizantes gerados a partir da compostagem de animais mortos e utilizados como adubo podem deixar o solo ácido e prejudicar futuras plantações razão pela qual é necessária uma avaliação acurada da qualidade da terra. Somente as sete maiores cooperativas da região têm, no total, uma área de 1,74 milhão de hectares a ser estudada. A previsão é que as avaliações iniciem no primeiro semestre de 2017.
Segundo Jonhey Nazario Lucizani, representante da FPTI no Programa Oeste em Desenvolvimento, o estudo vai apresentar também alternativas para a utilização adequada de biofertilizantes. Em alguns estados, como Santa Catarina, o solo já está tão ácido que o uso de biofertilizantes foi proibido.
O acordo da Embrapa e POD prevê ainda intercâmbio de conhecimentos, tecnologias e estudos voltados para a pesquisa agropecuária, em especial suínos e aves, além do desenvolvimento de cursos, programas, projetos e eventos de interesse comum.
Censo
Durante o Fórum também será feita a entrega do Censo de Secretarias de Agricultura do Oeste do Paraná realizado pelo POD entre os meses de julho e agosto. O estudo apresenta, por exemplo, que 76% das propriedades rurais dos 54 municípios do Oeste do Paraná praticam agricultura familiar. E 98% dos municípios desenvolvem alguma ação para melhoria da infraestrutura rural com enfoque nas necessidades das atividades produtivas.