Cotidiano

Em retaliação a Trump, Irã proíbe lutadores dos EUA de competir no país

TEERÃ ? O Irã proibiu nesta sexta-feira que lutadores americanos entrem no país para participar do Campeonato Mundial de Luta Livre, que acontecerá neste mês. A recusa de visto para os atletas é uma resposta à ordem executiva do presidente dos EUA, Donald Trump, que suspendeu temporariamente a chegada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana, incluindo os iranianos. A tensão diplomática entre Teerã e Washington se eleva com o novo governo republicano na Casa Branca, que também sancionou mais 13 pessoas e 12 empresas iranianas em resposta a um recente teste de missil balístico.

A proibição de entrada para os lutadores da equipe americana foi a primeira resposta ao bloqueio de Trump, que ainda baniu temporariamente a entrada de refugiados em geral. O governo já tinha avisado que tomaria atitudes de represália ao decreto de Trump. O porta-voz da chancelaria iraniana, Bahram Ghasemi, disse que Washington deixou Teerã sem alternativas.

O torneio na cidade iraniana de Kermanshah acontecerá entre 16 e 17 de fevereito. A federação americana de luta havia dito que enviaria uma equipe ao Campeonato Mundial.

Lutadores americanos competem no Irã desde 1998, após quase 20 anos de ausência. E, desde então, participaram de torneios de luta em 15 ocasiões. Por sua vez, os lutadores iranianos visitaram 16 vezes os Estados Unidos, como convidados da federação americana. A luta livre é extremamente popular no Irã.