Cotidiano

Em protesto contra o fim do MinC, movimento ocupa o Palácio Gustavo Capenema

RIO ? Após a extinção do Ministério da Cultura, determinada pelo presidente interino Michel Temer e decretada no Diário Oficial na última quarta-feira, representantes da classe artística e da produção cultural de todo o país iniciaram, ao longo do fim de semana, uma série de ocupações em prédios e equipamentos vinculados ao MinC, em diferentes pontos do país. No sábado, a sede do Iphan, em Curitiba, recebeu a primeira grande ocupação, reunindo mais de mil pessoas, enquanto a Funarte de Belo Horizonte foi ocupada no domingo. Na manhã desta segunda-feira, outro movimento ocupou o Palácio Gustavo Capanema, que é a sede da Funarte no Rio de Janeiro, além de representação regional do Ministério e sede do Ipham RJ.

Ao longo da manhã, representantes de movimentos como Teatro pela Democracia, Circo Pela Democracia, Reage Artista, Ocupa Lapa, entre outros, se reuniram para a elaboração de um manifesto que protesta contra a extinção do MinC e contra a posse do presidente em exercício Michel Temer. Aos gritos de ?Fora Temer? e ?O MinC é nosso?, os artistas e produtores do movimento cobram o restabelecimento do Ministério da Cultura.

Até domingo à noite, o governo Temer ainda não havia decidido se a Cultura continuaria sob o guarda-chuva do MEC, se ganharia uma Secretaria Nacional vinculada à Presidência ou se a Cultura retomaria o status de Ministério. Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, todas as três hipóteses estão sendo discutidas. O ministro Mendonça Filho (MEC) se reunirá com Michel Temer nesta tarde. No encontro, será definido o destino da pasta. A repercussão negativa da extinção do MinC e a ausência de mulheres no novo Ministério pressionou Temer, que agora busca uma mulher para estar à frente da Cultura.