Cotidiano

Em programa de TV , PSDB justifica participação no governo

BRASÍLIA – No seu programa partidário que será apresentado na noite desta quinta-feira, integrantes da cúpula do PSDB explicam o que levou o partido a participar, com cargos do que chamaram de “governo de emergência nacional”. Com o mote: “ É hora de virar a página e trabalhar pelo país que a gente quer”, os tucanos lembram que o PSDB foi fundamental para a superação de uma crise muito maior que a atual, no governo Itamar Franco, e que será sempre a favor do Brasil.

O apresentador faz entrevistas com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente do partido, Aécio Neves, os ministros José Serra (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades) , o governador Geraldo Alckmin e líderes do partido para falarem do caminho trilhado no passado e o que precisa ser trilhado agora.

FHC diz no programa que na época a situação era parecida e até pior que hoje, que havia muita desordem. Mas juntaram os brasileiros e formaram um time competente que pensava o Brasil. Foi feita a Lei de Responsabilidade Fiscal que hoje a presidente Dilma Rousseff violou e o povo está pagando, diz FHC, alertando entretanto que tem saída:

— A política precisa consertar o que a própria política estragou — diz FHC no filmete que será exibido hoje a noite.

Na sua fala, Aécio explica porque o PSDB resolveu participar do governo, apresentando propostas que são descritas pelos parlamentares no filmete. O presidente tucano diz que não vão pensar em projetos partidários ou pessoais, mas é hora de todos repetirem que o Brasil tem que dar certo.

— O PSDB não vai virar as costas ao Brasil. Estamos juntos e vamos ajudar. Alguns de nossos quadros estão no governo e nós estamos, aqui no Congresso, firmes, prontos para apoiar as medidas necessárias. Prontos inclusive para alertar o governo a não cometer os mesmos erros do passado — diz Aécio.

Em sua fala o ministro Serra diz que um dos caminhos fundamentais para a recuperação dos empregos é a exportação dos produtos brasileiros. O ministro Bruno Araújo defende programas sociais como os de habitação e de saneamento, e diz ser necessário fazer mais com menos. O governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, diz ser inadiável fazer a economia crescer para devolver a dignidade aos milhões de desempregados.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), diz que toda crise gera oportunidades. E essa crise é a chance de o Brasil promover as reformas e tornar a economia mais moderna. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) lembra que os caminhos para o impeachment e para o governo de transição chefiado por Michel Temer foram abertos pelos cidadãos que foram as ruas com sua indignação e esperança. Todos pregaram contra a radicalização na política.

— Não é hora de divisões. Somos todos brasileiros e o futuro do Brasil é o futuro de todos nós — diz o senador Tasso Jeressatti (PSDB-CE).