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Em pouco mais de uma hora, Phelps faz o que 145 países nunca conseguiram na História dos Jogos

phelps.jpgRIO – Dizer que Michael Phelps é um mito e fez História nos Jogos Olímpicos é lugar comum. Aos 31 anos, o atleta americano, que se despede no Rio-2016, sua última Olimpíada, foi lá e fez de novo na terça-feira. E de novo. 21 das suas impressionantes 25 medalhas são de ouro, e Phelps não deve parar por aí, já que ainda compete nesta quarta e quinta-feira.

Mas, mais do que o maior atleta olímpico, o superastro poderia ser uma…nação. Da noite de terça-feira para a madrugada de quarta, Phelps fez em 77 minutos fez que 145 países nunca conseguiram em toda a história dos Jogos Olímpicos.

As 22h31m, ele chegou em primeiro nos 200m borboleta e conquistou o ouro da prova. Num curto intervalo, às 23h48, ele foi lá e fez de novo, desta vez no revezamento 4x200m livre dos EUA, fazendo parecer a coisa mais fácil do mundo faturar uma dourada. Algo tão simples quanto respirar ou descer para comprar pães.

Dois ouros podem ser banalidade para Phelps, mas é um feito jamais atingido por 145 países participantes dos Jogos (incluindo Federações que se juntaram e que já não existem mais). E algo que apenas 83 nações alcançaram na História da Olimpíada.

Duas míseras medalhas de ouro num mar de 21, só não impressiona mesmo se você nascer Michael Phelps. E, talvez, se o mundo fosse justo, uma delas poderia ir para o Equador, Paraguai, Bolívia, Peru e Costa Rica, apenas para citar alguns dos países carentes da medalha dada ao primeiro lugar.

21 medalhas de ouro é mais do que a Argentina, com 19, tem. Se fosse um país, os Estados Unidos de Michael Phelps ocuparia o 40º lugar no quadro de medalhas geral. Não é pouca coisa, não.