Cotidiano

Em documentário, John Casablancas narra suas glórias e polêmicas

RIO — O documentário sobre John Casablancas será lançado nesta quarta-feira, no cinemas franceses.”Casablancas, o homem que amava as mulheres” retrata a vida e o trabalho do jovem que fundou a agência Elite Models e que descobriu nomes como Naomi Campbell, Linda Evangelista e Gisele Bündchen. Dirigido pelo polonês Hubert Woroniecki, o filme traz depoimentos inéditos do polêmico “inventor” das top models que morreu de câncer em 2013, aos 70 anos, em sua casa no Rio de Janeiro.

“Eu não sou um jornalista. Eu queria contar uma história “, explicou Woroniecki ao WWD, que revelou ainda: “Em 2012, John me chamou e disse que ele estava doente com apenas seis meses de vida. Parei tudo para se concentrar no filme. Em janeiro de 2013, eu mostrei a ele uma primeira versão, em sua casa no Rio”, contou.

O filme retrata momentos polêmicos da vida do empresário como sua rixa com Elieen Ford, da agência homônima; o desentendimento com Gisele Bündchen que deixou a agência antes de assinar um contrato milionário e seu relacionamento com Stephanie Seymour, quando ela 16 anos e ele, 41.

— Eu nasci por acaso, em Nova York. Eu sou homem francês com alma catalã e uma nacionalidade americana— diz Casablancas nas primeiras cenas do filme.

A década de 90, a agência presidida por ele movimentou mais R$ 4 milhões por ano.

Mas o negócio rentável que lançava grandes tops ficou ameaçado, após denúncias feitas pela rede americana BBC. Um reportagem da emissora divulgou imagens de executivos da Elite falando sobre abusos com drogas e os “casos” com as jovens modelos. Um ano depois, Casablancas se demitiu do cargo e se afastou da agência.

Woroniecki, que trabalhava para Casablancas, em Nova York, nos anos 1990, usou depoimentos gravados durante uma entrevista que fez com o ex-chefe.