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Em crise, Flamengo enfrenta a Chapecoense nesta quarta

20160520114748_849.jpgJá virou rotina no Flamengo o time entrar em campo com a cabeça de torcedores e dirigentes longe do gramado. A cena se repetirá nesta quarta-feira, às 21h, quando a equipe dirigida por Jayme de Almeida enfrentar a Chapecoense sem a presença de Cuéllar, vetado por causa de uma torção no tornozelo esquerdo, e de Guerrero, com a seleção peruana. Muricy Ramalho fará novos exames nesta quarta-feira e só deve dar uma resposta se volta ao trabalho nesta quinta-feira, nove dias depois de deixar o dia a dia do clube. Desempregado, Abel Braga é a alternativa. Flamengo em 23 de maio

Mais do que isso, o rubro-negro vive uma efervescência política. Pressionado por todos os lados para tomar decisões de impacto, o presidente Eduardo Bandeira de Mello se viu obrigado a ceder ao principal grupo que o apoiou nas eleições passadas. Símbolo da nova política rubro-negra, a SóFla, com um quadro jovem, ficou com Bandeira enquanto vice-presidentes abandonavam seus cargos para apoiar Wallim Vasconcellos e foram um grupo ativo na vitoriosa campanha.

Nesta terça-feira, a SóFla voltou a mostrar sua força. Um dia depois de divulgar uma carta aberta em que disse estar “assombrada” com a ida de Bandeira “sem hesitação” aos Estados Unidos para chefiar a seleção brasileira na Copa América a convite de “outra instituição que não o clube”, o grupo político foi atendido. Nesta terça-feira, o presidente desistiu da viagem sob a justificativa de não se ausentar da administração do clube.

Embora tenha vice-presidentes no clube, o mais proeminente deles, Rafael Strauch, da pasta de administração, a SóFla não tem voz ativa no futebol. Criticado por opositores pelo excesso de vozes ativas, o departamento é influenciado por diversos dirigentes amadores: Bandeira, o diretor geral Fred Luz, o vice de futebol Flávio Godinho e o vice de gabinete da presidência Plínio Serpa Pinto.

O braço da SóFla, ao menos nesta terça-feira, alcançou também o futebol. Embora não seja um desejo exclusivo do grupo, a carta aberta pedia a contratação de um gerente de futebol para se aproximar dos atletas e da comissão técnica. O clube já está a procura de um nome para o cargo que será criado. Jogadores recém- aposentados, como Alessandro, ex-Corinthians, e Fábio Luciano podem ficar com a vaga.

Se foi obrigado a ceder, Bandeira também também reforçou sua autoridade com uma decisão muito contestada. Pressionado por todos os lados, oposição e membros da situação, o diretor executivo de futebol, Rodrigo Caetano, foi mantido em seu cargo. Na véspera, ele havia sido defendido publicamente por Paulo Victor, um dos líderes do grupo.

A atmosfera política conturbada já tem um novo capítulo definido. Na próxima terça-feira, na Gávea, o Conselho Deliberativo se reúne para, entre outras pautas decidir um tema polêmico. Vice de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa pediu a inclusão de mais uma estrela acima do escudo do clube e foi endossado por Bandeira. Trata-se de uma referência à conquista da Copa Intercontinental de basquete em 2014. A votação promete ser o termômetro do momento do clube.

Ficha do jogo:

Flamengo: Paulo Victor, Rodinei, Léo Duarte, Juan e Jorge; Márcio Araújo, Willian Arão, Alan Patrick e Gabriel; Everton e Ederson (Felipe Vizeu).

Técnico: Jayme de Almeida

Chapecoense: Danilo; Gimenez, Rafael Lima, Willian Thiego e Dener; Josimar, Gil e Cleber Santana; Lucas Gomes, Silvinho e Bruno Rangel

Técnico: Guto Ferreira.

Juiz: Diego Almeida Real (RS).

Local: Volta Redonda.

Horário: 21h.