Cotidiano

Em Brasília, Crivella pede mais recursos ao Rio para Saúde

BRASÍLIA – Em Brasília para reuniões em busca de recursos que ajudem a viabilizar algumas de suas promessas de campanha, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto para a prefeitura do Rio de Janeiro, afirmou que pretende zerar as filas de cirurgia de baixa complexidade até o segundo mês de sua eventual gestão caso seja eleito.

? Nós temos uma fila muito grande na baixa complexidade. E eu digo varizes, pedra nos rins, pedra na vesícula, cataratas, os miomas e fibromas, tudo isso no Rio de Janeiro está se acumulando aos milhares. Então, é preciso fazer um grande mutirão, operar de madrugada, no sábado e domingo, fazer um terceiro turno nos hospitais e, para isso, preciso do apoio do Ministério da Saúde ? afirmou.

Crivella comentou ainda a pesquisa Datafolha publicada hoje, em que aparece com 46% das intenções de voto, contra 27% de seu adversário, Marcelo Freixo (Psol). Para o senador, apesar de ter oscilado negativamente dois pontos percentuais ? na última pesquisa ele tinha 48% ?, isso indica que ele deve sair vitorioso.

? Apesar dos ataques que estamos sofrendo, estamos mantendo a liderança ? disse.

O candidato esteve no início da manhã no Ministério da Saúde e disse ter pedido ao ministro da pasta, Ricardo Barros, rapidez no repasse de recursos de emendas parlamentares. Ele disse esperar cerca de R$ 100 milhões a mais da União para zerar as filas desse tipo de cirurgia.

? Nem foi uma demanda como candidato, foi como senador. Se não tiver recursos extras, nós vamos continuar com essa fila até o fim do meu mandato, aí não faz sentido eu me eleger dizendo que vamos acabar com essa fila. É preciso reforço no Orçamento e que isso chegue rápido ? disse.

Sobre o cenário de corte de gastos, inclusive com a aprovação pela Câmara, na noite de ontem, do segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que estabelece um limite para os gastos públicos, Crivella afirmou que é preciso priorizar a saúde.

? Os recursos não são muito grandes, mas a demanda é fundamental e importantíssima. Num momento desse, de ajuste fiscal, temos que gastar com criatividade e prioridade. Não há maior prioridade que a saúde das pessoas. A maior riqueza, seja do rico, seja do pobre, é sua saúde ? defendeu.

Na saída da reunião, Crivella voltou a defender a aprovação de projeto de sua autoria que torna crime hediondo a posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. O senador disse ter pedido apoio ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para a aprovação do texto, já que o projeto aguarda ser pautado na Casa.

Ontem, Crivella passou o dia em Brasília em audiências, segundo seus assessores, mas a agenda não foi divulgada. Hoje, ele ainda terá reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e, em seguida, deve retornar ao seu gabinete no Senado.