Política

EDITORIAL : Vontade política

Onde há vontade fica muito mais fácil transpor barreiras. Sem dúvida, a governadora Cida Borghetti entra para a história do desenvolvimento da região oeste do Paraná. Em apenas três meses de governo, ela conseguiu fazer o que outros governadores não fizeram nas últimas quatro décadas: tirou da gaveta o Aeroporto Regional do Oeste.

Bastou vontade política. Da governadora e dos líderes locais. Em outras inúmeras tentativas de empresários da região sempre esbarrou na falta de vontade.

O processo até avançou bastante quando o hoje deputado federal Alfredo Kaefer tomou a frente. Convencido da importância da estrutura e da pressa em dar início à obra, Alfredo se viu podado por vaidades políticas, que desviaram as atenções para o precário aeroporto municipal, que recebeu rios de dinheiro para hoje receber dois voos diários.

Faltou vontade dos governadores em dar andamento ao processo de desapropriação da área. Afinal, não era uma vontade apenas de uns poucos empresários de Cascavel, era (é) um anseio de uma região rica e cujo desenvolvimento é travado por falta de infraestrutura.

Ao receber o pedido de dar andamento ao Aeroporto Regional, Cida tomou para si o compromisso com a região. Era o que podia fazer no curto espaço de tempo que tinha. Não podia duplicar rodovias ou ampliar e melhorar a estrada de ferro, mas podia desapropriar uma área já definida, mapeada, desenhada, e estrategicamente localizada. E assim o fez.

Não apenas a sociedade regional se beneficia com a solicitude e eficiência da governadora. Mas todas as gerações futuras, que verão a região crescer e se desenvolver, gerar emprego e riquezas. Cida provou que é possível, sim, as coisas andarem no poder público. Só basta ter vontade.