Opinião

EDITORIAL: Transição e união

Passada a euforia das urnas e findos os dias quentes de debates recheados de xingamentos, é ora de o País retomar sua trajetória. Referendado por 60% da população, Jair Bolsonaro tem em mãos agora o desafio de unir a nação e conduzir o País a um novo ciclo de crescimento e desenvolvimento, honrando a maior […]

Passada a euforia das urnas e findos os dias quentes de debates recheados de xingamentos, é ora de o País retomar sua trajetória.

Referendado por 60% da população, Jair Bolsonaro tem em mãos agora o desafio de unir a nação e conduzir o País a um novo ciclo de crescimento e desenvolvimento, honrando a maior promessa que fez ao povo: o fim da corrupção.

Odiado e amado durante esses últimos meses, Bolsonaro mexeu com os sentimentos das pessoas, provocou reflexões e trouxe à tona preconceitos e direitos sociais que já pareciam consolidados. O que disso tudo é verdade e o que foi criado cabe à história esclarecer. Ao eleito, a missão é maior.

O capitão reformado assume um governo com a pior popularidade da história da República e que encerra um mandato marcado pelo impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff.

Marca também o fim da era PT, que comandou o País por 15 anos. Assume ainda uma economia dilacerada por uma das suas piores e mais longas crises, agravada pela falência do gigantismo do Estado e pela carência de reformas estruturantes.

E são justamente essas reformas que emergem como prioridade e que podem transformar o Governo Bolsonaro num dos melhores do Brasil ou ser apenas mais do mesmo.

Com maioria em um Congresso renovado, o presidente eleito tem nas mãos a faca e o queijo para fazer o que precisa ser feito. Cenário igual foi o encontrado por Lula em 2002, o qual preferiu o populismo e condenou o País ao caos que hoje vivemos.

Pelo bem da nação, que Bolsonaro seja o mito erigido por mais de 57,7 milhões de brasileiros e faça o que é preciso e o que é certo.