Opinião

EDITORIAL: Que país teremos após as eleições

O Brasil começa a dar sinais de que vai conseguir sair de uma das piores crises econômicas da sua história, uma das mais longas, cujos efeitos levarão anos para serem amenizados. Sem dúvida, o País voltou vários degraus e vai depender de todo seu fôlego para quem sabe daqui oito, dez anos, atingir o mesmo patamar em que estava cinco, seis anos atrás.

Muita coisa mudou nessa crise. Muitas pessoas foram atingidas. Muitas vidas prejudicadas.

Claro que nem de longe nos parecemos com uma Venezuela, até mesmo nossa vizinha Argentina está em situação bem pior, mas o cenário não é de certezas para que ainda não descambemos para esses extremos.

Com uma inflação contida pela falta de demanda e uma taxa básica de juros reduzida a níveis sem precedentes, o que vai ser do Brasil depois das eleições é uma incógnita.

Há quem aposte para um cenário de mais segurança com um presidente eleito (a maioria sempre viu Michel Temer um interventor, embora tenha sido eleito democraticamente). Contudo, suas ideologias podem impactar no custo-Brasil e nada mais será certo.

Há quem acredita que a própria economia encontre seus eixos independente do eleito, porque precisa sobreviver. Nesse caso, se ninguém atrapalhar, pode dar certo.

Contudo, o grande calo vai continuar. Um Estado inchado, com desajuste absurdo nas suas contas, e sem planejamento de um acerto eficaz e necessário.

Uma coisa parece certa neste momento. Vamos levar um bom tempo para pôr a casa em ordem, isso a partir do momento que for dado início à faxina.