Opinião

EDITORIAL: O que esperar do segundo turno

A pausa de dois dias na campanha eleitoral deu uma arrefecida nos ânimos. A rediscussão das estratégias, negociação de apoios, foco nos discursos, para um novo embate, desta vez mais curto mas muito mais franco. É olho no olho, um contra o outro.

Sem desculpas de falta de tempo no programa eleitoral gratuito, o que se espera agora dos dois candidatos à Presidência da República é que eles aproveitem esse espaço para apresentar e detalhar suas propostas, especialmente nas áreas mais prioritárias.

O Brasil quer saber qual a estratégia para sair da crise, voltar a crescer, gerar empregos. O povo precisa de uma resposta sobre as grandes reformas necessárias para o desenvolvimento da nação, como política, da Previdência e tributária. Os pais anseiam pelas propostas que vão melhorar a educação dos seus filhos, para que saiam da escola sabendo ler e fazendo contas, pelo menos, coisa que hoje está cada vez mais rara. Todos precisam entender como o futuro presidente vai resolver os gargalos da saúde pública e dar um jeito na violência e criminalidade, antes que as facções criminosas assumam de vez o controle de tudo.

Não há espaço, agora, para discursos preconceituosos e discriminatórios. Os candidatos precisam entender que, se eleitos, vão governar para todos. Brasileiros índios, negros, brancos, altos e baixos, homens e mulheres, gays e heterossexuais.

Devem nos contar quais serão suas prioridades para que possamos comparar com o que precisamos de mas urgente. Enfim, os candidatos não vão mais falar um do outro ou um para o outro. A conversa agora é com o povo brasileiro.