Política

EDITORIAL: Eleitor valoriza a experiência

Pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada ontem pelo Estadão, revela que os eleitores estão “decepcionados com o novo” e cresceu substancialmente o número de quem valoriza a experiência, de 31% para 41%, na comparação entre dezembro de 2017 e a primeira quinzena de julho deste ano.

O instituto fez aos eleitores algumas perguntas sobre o perfil desejado do próximo presidente. Uma delas avalia se seria preferível se ele ou ela fosse “alguém que é político há muitos anos” ou “um nome novo na política”. A preferência pelo político veterano subiu 11 pontos porcentuais no período, de 39% para 50%, enquanto as opções por um novato caíram de 52% para 44%.

Para o diretor do Ipsos, Danilo Cersosimo, isso é um sinal que a experiência política e administrativa vão acabar pesando muito na campanha.

A pesquisa começa a desconstruir um senso comum. Nem todo político é corrupto ou desonesto. Há sim quem tenha sido eleito com propósitos nobres e interesse no bem comum.

Hoje, os portais da transparência permitem que o eleitor acompanhe o desempenho de cada político, seja ele na esfera municipal, estadual ou federal. Isso porque não ser investigado na Lava Jato também não é quesito suficiente para ganhar o voto. Afinal, todos são eleitos para desempenhar uma função relevante para o País. Por isso, acompanhar as atividades do candidato, projetos apresentados e defendidos, envolvimento em comissões e discussões relevantes, também é importante. De nada adianta eleger alguém com “ficha limpa” se nunca apresenta projeto relevante para a sociedade. Não é para fazer número. É para trabalhar.

Experiência conta muito, sim. As decisões tomadas pelo Executivo e pelo Legislativo influenciam a vida de todos. Para o bem e para o mal. Ética e integridade devem ser inerentes ao candidato, e experiência entra como um “plus” no currículo.