Cotidiano

EcoPark é prioridade

Embora sejam visíveis os esforços para a captação de recursos públicos para obras, Cascavel enfrenta um agravante para efetivar a execução de construções: os projetos estão estrangulados no IPC (Instituo de Planejamento de Cascavel).

São dois fatores que levam a esse congestionamento no setor que elabora todas as etapas dos serviços para depois obter as verbas: primeiro o volume excessivo de obras requeridas e em contrapartida a falta de servidores para dar conta da demanda de trabalho. São seis engenheiros e seis arquitetos exclusivamente para o setor de projetos no IPC.

Diante dessa situação, a saída é a priorização de atividades: após a conclusão dos projetos do novo Terminal de Passageiros do Aeroporto Municipal – com 186 pranchas (são os desenhos estruturais e também artísticos das estruturas), hoje o trabalho do grupo está concentrado no EcoPark do Bairro Santa Cruz, no Córrego Bezerra, com 203 mil metros quadrados e orçamento de R$ 16,4 milhões. A obra deve iniciar este ano e ficar pronta em dezembro de 2019. “Precisamos definir as prioridades e atualmente uma delas é o EcoPark, que depende de um projeto muito grande: são muitas intervenções, bueiros e iluminação”, diz o presidente do IPC, Cletírio Feistler.

Cinco USFs

No entanto, a preocupação vai além: a Prefeitura está com recursos liberados para construção de ao menos cinco USFs (Unidades de Saúde da Família), além de reformas em outras estruturas: mais de R$ 20 milhões, que dependem dos projetos arquitetônicos para que possam ser depositados na conta do Município. Estão no limite da apresentação dos estudos e levantamentos as unidades do Bairro Morumbi e do Los Angeles. Feistler garante que não serão perdidos recursos, mas em função desse trabalho excessivo, causado principalmente pelo PDI (Programa de Desenvolvimento Integrado) será necessária paciência. “Esses são projetos relativamente pequenos quando comparados aos do PDI, mas todos serão contemplados”.

Descartados

Concursos para suprir a deficiência de servidores estão descartados neste momento em função do gasto com a folha – que já está no limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal. A saída seria contratar empresas particulares de arquitetura, que por orientação da Procuradoria Jurídica, acabou rejeitada. O município ficou com receio de notificações do Ministério Público, que poderia considerar duplicidade de serviços – visto que há equipe para o serviço no quadro. Mas a ação não foi totalmente descartada. “Estamos avaliando essa situação no ano que vem, para contratarmos empresas para os projetos”, diz Feistler.