Cotidiano

Economistas veem alta de 1% no PIB

Brasília – Com a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto – soma de todas as riquezas produzidas) do segundo trimestre do ano, alguns economistas começam a revisar para cima as projeções para 2017. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a atividade cresceu 0,2% de abril a junho em relação ao trimestre imediatamente anterior. Na comparação anual, alta foi de 0,3%, a primeira desde o primeiro trimestre de 2014. As informações são da “Folha de S.Paulo”.

As expectativas de que a atividade econômica neste ano fique mais próxima de zero são deixadas para trás, substituídas por previsões de alta de até 1%.

A alta de 1,4% do consumo das famílias no segundo trimestre em comparação ao trimestre imediatamente anterior e a elevação de 0,6% dos serviços foram os principais gatilhos para as revisões mais positivas. Do lado da demanda, o consumo responder por cerca de 65% do PIB enquanto os serviços, do lado da oferta, ficam com uma fatia superior a 70%.

Há ainda a percepção de que a melhora da atividade ocorre de maneira mais disseminada, ainda que a alta, de 0,2%, tenha sido inferior ao avanço de 1% registrado pela economia no primeiro trimestre. No período, no entanto, é possível dizer que a agropecuária atuou praticamente sozinha sobre o desempenho.

Acumulado negativo

A alta foi de 0,2% do PIB na comparação com primeiro trimestre, na série ajustada sazonalmente. Já na comparação com o segundo trimestre de 2016, a variação do PIB foi de 0,3%. Contudo, o PIB acumulado nos quatro últimos trimestres continua negativo em 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Com o resultado do segundo trimestre, o PIB fecha os primeiros seis meses do ano com “variação nula” em relação ao primeiro semestre de 2016. .

Consumo

A alta foi verificada no comércio e na retomada do consumo das famílias.

O resultado positivo do segundo trimestre mostra a Agropecuária (principal responsável pela expansão de 1% do primeiro trimestre) com variação nula (0%), a Indústria com queda de 0,5% e os Serviços, que respondem por 73,3% do PIB, com alta de 0,6%.

Os dados das Contas Nacionais Trimestrais evidenciam – no caso da Despesa de Consumo das Famílias – o crescimento de 0,7% na comparação com o mesmo período de 2016, e ocorre após nove trimestres consecutivos de queda.

Com alta de 1,4% também na comparação entre o primeiro e o segundo trimestre de 2017, o consumo das famílias voltou a registrar crescimento porque no trimestre anterior houve estabilidade (0%).