Cotidiano

Economista alerta que, sem reformas, Brasil está fadado à estagnação

RIO ? O presidente da Inter B. Consultoria Internacional, economista Cláudio Frischtak, alertou nesta quarta-feira que, sem reformas, o Brasil está ?fadado à estagnação?. Dos últimos 25 anos, o país teve 15 anos de governos reformistas e dez anos de governos não-reformistas, segundo ele. A média de crescimento da economia brasileira nos anos reformistas foi de 2,94%, enquanto nos anos não-reformistas essa taxa foi de 1,54%.

? Nós podemos retomar o caminho das reformas ou estamos fadados à estagnação. Os dez anos de contrarreforma nos custaram 1,5% de crescimento do PIB, abrimos mão de 1,5% de crescimento ? ressaltou.

Na avaliação de Frischtak, os governos que promoveram reformas foram os de Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e o primeiro mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Por outro lado, ele inclui o segundo mandato do governo Lula e os dois mandatos de Dilma Rousseff como os governos não-reformistas.

Diante deste cenário, afirmou Frischtak, é necessário um ciclo de reformas que se dê em três dimensões: normalização macroeconômica ? com foco no ajuste fiscal e reconstrução das contas públicas ?, impulso à produtividade e redução de desigualdade.