Cotidiano

Economia Japonesa cresce mais do que o esperado no primeiro trimestre

TÓQUIO – A economia japonesa se expandiu no ritmo mais rápido em um ano no primeiro trimestre graças a um aumento no consumo dado pelo ano bissexto. Mas muitos analistas afirmam que essa aceleração não foi forte o suficiente para afastar as perspectivas sombrias. De janeiro a março deste ano, o avanço foi de 1,7% na comparação com o mesmo período de 2015.

A taxa superou com folga a expectativa do mercado, que era de alta de 0,2%. A expansão também representa uma recuperação diante do 1,7% de retração registrado no trimestre anterior, mostram dados divulgados pelo governo japonês no fim da noite de terça-feira aqui no Brasil, quando já era quarta-feira no país asiático. Já na comparação com os três meses anteriores, a economia japonesa cresceu 0,4% de janeiro a março.

Com o consumo privado registrando apenas uma fraca recuperação diante da queda no trimestre anterior, os dados mantêm vivas as expectativas do mercado de que o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe adie a alta do imposto sobre vendas programada para 2017, disseram analistas. E funcionários do governo afirmaram que os dados serão cruciais para a decisão de Abe de adiar ou não a alta. Em 2014, o imposto foi elevado de 5% para 8%, colaborando para a recessão, o que fez com que ele adiasse em 18 meses a segunda elevação para 10%.

Muitos analistas dizem que a economia escapou por pouco da recessão, definida como dois trimestre seguidos de contração, após o aumento com o ano bissexto, que deixa um dia a mais para os clientes irem às compras.

O consumo privado, que responde por 60% do Produto Interno Bruto (PIB), aumentou 0,5%, mais do dobro da média das previsões do mercado, enquanto os lares aumentaram os gastos com televisão, comida e bebida, e lazer, mostram os dados. Essa alta, contudo, não conseguiu anular a queda de 0,8% do trimestre anterior.

As demandas local e do exterior adicionara, cada um, 0,2 pontos percentuais ao PIB japonês, em parte graças a uma alta de 0,6% nas exportações.