Cotidiano

Economia está melhorando, e China considera elevar juros

PEQUIM – A taxa de juros na China já está em tendência de alta com a melhora da economia, e o país considera uma elevação de taxa de juros. Um ligeiro aperto da política monetária é amplamente esperado pelos investidores, pois os principais líderes lutam para encontrar um equilíbrio entre sustentar a economia com crédito e impedir um aumento da dívida, que chegou a US$ 1,43 trilhão no terceiro trimestre, com incremento de 3%, acelerando ante a alta de 2,2% no segundo trimestre.

? A economia está melhorando… então a taxa de juros e os preços vão avançar em uma direção positiva ? afirmou Sheng Songcheng, conselheiro do banco central do país. ? Sob as circunstâncias corretas, se as condições permitirem, podemos considerar uma alta dos juros.

A economia da China teve um desempenho melhor do que o esperado neste ano, alimentando especulações de que o banco central pode estar avaliando uma mudança após anos de condições monetárias ultrafrouxas que levaram a uma forte alta na dívida.

Sheng disse que um aumento nas taxas de depósito e de empréstimo servirá para melhorar as expectativas para a economia em geral, e também ajudará a estabilizar a taxa de câmbio do iuan.

Embora a inflação esteja mostrando sinais de aceleração na China junto com a atividade econômica, economistas dizem que não há pressão imediata sobre o banco central para elevar os juros.

POLÍTICA MONETÁRIA NEUTRA

O BC do país disse, nesta sexta-feira, que vai manter a política monetária neutra e “nem muito apertada nem muito frouxa” para ajudar a manter condições de liquidez estáveis. “Atualmente, as operações econômicas e financeiras da China estão estáveis em geral, mas a complexidade da situação não pode ser subestimada”, disse o BC.

A afirmação segue declarações de líderes chineses, que, após reunião econômica neste mês, se comprometeram a implementar uma política monetária “prudente e neutra” em 2017 para ajudar a conter o risco financeiro, mantendo a economia em uma trajetória de crescimento estável.

O país vai manter a liquidez basicamente estável pelo uso flexível de várias ferramentas de política monetária, disse o BC em uma declaração que resume a reunião do quarto trimestre do comitê de política monetária.

DÍVIDA EXTERNA

A dívida externa do país cresceu 3% no terceiro trimestre, segundo dados da Administração Estatal de Câmbio nesta sexta-feira, acelerando ante a alta de 2,2% no segundo trimestre.

A dívida externa no final de setembro subiu US$ 42,7 bilhões em relação ao final de junho, para US$ 1,43 trilhão, disse o órgão em comunicado.

A dívida externa caiu 3,6 por cento no primeiro trimestre, após queda de 3,8 por cento no quarto trimestre, uma vez que as empresas nacionais pagaram suas dívidas em dólar em meio às expectativas de que o iuan se enfraqueceria.