WASHINGTON A divulgação de novos e-mails de Hillary Clinton pode complicar a campanha presidencial da democrata, com os republicanos acusando a candidata de usar seu cargo de secretária de Estado no governo de Barack Obama para fazer favores em troca de doações para a Fundação Clinton.
De acordo com o jornal Washington Post, as trocas de e-mails ilustram a forma como a rede internacional de amigos e doadores dos Clinton tinha acesso a Hillary e seu círculo interno enquanto era secretária de Estado.
As correspondências, no entanto, mostram que os doadores nem sempre conseguiam o que queriam, particularmente quando procuravam algo mais do que uma reunião.
A reportagem cita o exemplo de um executivo de esportes que foi um dos principais doadores da fundação Clinton e pediu ajuda para obter um visto para um jogador de futebol britânico com um passado criminal.
Outro caso é do príncipe herdeiro do Bahrein, cujo governo deu mais de US$ 50 mil para a fundação, e queria uma reunião de última hora com a então secretária de Estado.
O cantor Bono, regular participante dos eventos da fundação, também queria ajuda de alto nível transmitindo um link ao vivo para a Estação Espacial Internacional durante os shows.
Em cada caso, de acordo com e-mails de Hillary Clinton da época em que era secretária de Estado, os pedidos foram dirigidos à vice-chefe pessoal da democrata, Huma Abedin, que mobilizava outros assessores do alto escalão, por vezes, a própria secretária sobre como responder.