Cotidiano

Dubrovnik quer limitar número de visitantes na parte antiga da cidade

2010092322109.jpgRIO – As ruas lotadas de turistas no centro antigo de Dubrovnik, na Croácia, podem estar com os dias contados. A cidade quer limitar o número de pessoas dentro da área histórica a fim de preservar o conjunto arquitetônico declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Se a moda pega, vai ter muito turista barrado na porta de atrações históricas pelo mundo.

BV Croácia

As diretrizes foram dadas pela própria agência da ONU: as ruas medievais de Dubrovnik, limitadas por muralhas e pelo Mar Adriático, não devem receber mais de oito mil pessoas ao mesmo tempo.

Esse controle será feito por um sistema de câmeras, que já está sendo instalado nos cinco portões de entrada da cidade murada. Ele irá permitir contar quantas pessoas entram e saem do centro histórico. Enquanto esse número for inferior a seis mil, não haverá qualquer controle.

Assim que passar dos seis mil visitantes, agentes poderão formar filas ou áreas de espera, para retardar a entrada dos visitantes. Se a capacidade máxima for atingida, ninguém mais entra, a não ser aqueles que morem, trabalhem ou estejam hospedados do lado de dentro dos muros.

De acordo com a revista “C.N. Traveler”, uma forma de garantir o acesso à cidade antiga é comprando o Dubrovnik City Card, cartão que dá acesso a diversas atrações na cidade e que garantiria um acesso prioritário ao centro histórico. O preço: a partir de 153 kunas, ou cerca de R$ 64, para o passe de um dia.

Popular pelo centro histórico preservado, que combina ruas medievais e igrejas barrocas às margens do muito azul Mar Adriático, Dubrovnik ganhou ainda mais atenção nos últimos anos, guando serviu de cenário para a série “Game of thrones”, inclusive com muitos roteiros temáticos. Só em 2016, mais de um milhão de pessoas visitaram a cidade.

Assim como Dubrovnik, outras cidades do mundo estudam limitar a visitação em áreas históricas, como a inglesa Bath e a espanhola Barcelona, em seu Bairro Gótico. Em Veneza, o risco iminente de alagamento acendeu debates sobre os danos do turismo de massa na cidade dos canais.