Cotidiano

Dólar comercial sobe 1%, vendido a R$ 3,238

DolarCedula-2 (1).jpgRIO – O dólar comercial acelerou e ganha 1%, vendido a R$ 3,238, seguindo a tendência do movimento global, e reforçado pelas declarações do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, no Senado, destacando que não há cronograma para o corte dos juros. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com recuo de 0,3%, aos 59.257 pontos, num dia de poucas notícias, em que os investidores avaliam as chances de os juros subirem nos Estados Unidos.

No mercado global, o Dollar Index Spot, que compara a moeda americana com uma cesta de dez moedas, também ganha força e se valoriza em 0,75%, com a moeda americana impulsionada pelos comentários de autoridades do Federal Reserve (Fed), banco central americano, indicando que a taxa de juros no país subirá antes do fim do ano. Contra o yen, a moeda americana tem o sexto dia de ganhos após pesquisa do Banco do Japão (BoJ) mostrar que as empresas reduziram suas previsões para a inflação. Nos EUA, o Dow Jones perde 0,24% e o S&P recua 0,16%.

Por sua vez, a libra esterlina retoma o menor patamar em 31 anos, na comparação com o dólar, uma consequência da preocupação com a saída do Reino Unido da União Europeia. A moeda do Reino Unido valia US$ 1,2757 nesta manhã, o menor nível desde 1985. A divisa também registrou o menor valor em mais de três anos em relação ao euro, negociada a 87,56 pence por um euro às 7h00 GMT (4h de Brasília).

O movimento de baixa da libra teve início ontem e ilustra preocupação provocada pelo Brexit, que aumentou após a primeira-ministra Theresa May anunciar, no domingo, que pretende iniciar o processo de saída até o fim de março. O discurso gerou temores entre os investidores de um “Brexit duro”, ou seja, sem compromisso prévio com Bruxelas, o que pode fazer com que as empresas britânicas percam acesso ao mercado único.

Com a libra em queda, o FTSE 100, da bolsa londrina, avança 1,78%. Na mesma direção, o Dax, de Frankfurt, ganha 0,76% e o CAC 40, de Paris, avança 1,16%. Os investidores mantém otimismo sobre a redução da multa aplicada pelo Departamento de Justiça americano ao Deutsche, e as expectativas ofuscam dados ruins de inflação. Na região, o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Peter Praet, disse que a autoridade monetária deve manter suas taxas de juros baixas até que ele atinja sua meta de inflação.

No Brasil, o Banco Central realizou o leilão diário de cinco mil contratos de swap cambial reverso, operação que equivale à compra futura de dólares. Na máxima, a divisa chegou a R$ 3,23.

BOVESPA

A maior perda do dia é de Braskem (5,28%), que tenta negociar com autoridades americanas um acordo para resolver denúncias de irregularidades contra a companhia, envolvendo casos de corrupção com a Petrobras. Além disso, os investidores estão vendendo o papel a data de permanência obrigatória (3 de outubro) para participação nos dividendos.

Outra que registra desvalorização é a Itaúsa (2,47%) ? a holding de investimento das famílias Setubal e Vilella é uma das interessadas na compra de participação na BR Distribuidora. A ação é a mais negociada do dia, à frente de Petrobras.

Rebaixada pela Fitch, a Cia Brasileira de Distribuição (Pão de Açúcar) perde 1%.

Entre as principais ações do pregão, Vale sobe 0,88%, seguindo as companhias do setor na Europa. Bradespar, uma das controladoras da mineradora, segue o movimento e devolve parte dos ganhos de ontem e hoje perde 0,77%.

Porém, outros papéis evitam recuo maior do Ibovespa, o principal índice do mercado brasileiro. Petrobras ganha 0,51% ação ON e 0,5% na PN. Bradesco ganha 1%, com investidores na expectativa de dividendos extraordinários. Itaú tem valorização de 0,63%.

Os mercados asiáticos fecharam em alta nesta terça-feira liderados pelos mercados japoneses após uma pesquisa favorável sobre a atividade industrial dos Estados Unidos impulsionar o dólar. O índice Nikkei do Japão avançou 0,83%, com o dólar se fortalecendo ante o iene após dados econômicos fortes dos EUA. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,45%. Em Seuls, o Kospi teve valorização de 0,55%, a 2.054 pontos. Em Taiwan, o Taiex registrou alta de 0,58%. Em Cingapura, o Straits Times valorizou-se 0,48%. Em Sydney, o S&P/ASX 200 avançou 0,10%. Os mercados chineses não operaram.