Nova Aurora – Os resultados do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti), divulgado pelo Ministério da Saúde, elencou 199 municípios brasileiros que estão em risco de surto de dengue, febre chikungunya e zika vírus, e precisam intensificar, o mais brevemente possível, as ações em combate às doenças.
Entre as cidades listadas, duas estão no Oeste: Guaíra, com índice de infestação predial em 8,7%, e Nova Aurora, com 4%. Dos 50 municípios da região, apenas 16 enviaram as informações ao Ministério.
Em Guaíra, os dados registrados são sete vezes maiores do que o índice preconizado pelo Ministério da Saúde, de até 1%, e é também o mais alto entre todos os municípios analisados no Paraná. Ainda conforme a pesquisa, foram encontrados no município 90 focos do mosquito, 41 deles em lixos depositados em locais inadequados, fator predominante para a proliferação da dengue.
Já no depósito domiciliar – categoria que se enquadram vasos de plantas e garrafas pet – existiam 37 criadouros. Em menor escala, 12 focos do Aedes aegypti foram encontrados em tonéis e barris para armazenamento de água.
Situação semelhante foi diagnosticada em Nova Aurora. A maioria dos focos encontrados estava no lixo. Na mesma proporção, outros dois criadouros em vasos de plantas e tonéis. Ao todo, o município registrou oito locais de reprodução do mosquito.
Em alerta
Além das cidades em situação de risco, o LIRAa identificou 665 municípios em alerta, com 1% a 3,9% dos imóveis com focos do mosquito. Na região Oeste do Paraná, as cidades de Marechal Cândido Rondon, Missal, Palotina, Toledo, Santa Terezinha de Itaipu, Nova Santa Rosa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Itaipulândia, Corbélia, Cafelândia, Assis Chateaubriand e Matelândia se enquadram nesse quesito.
O índice de infestação mais elevado está em Palotina (3,9%). Os tipos de depósitos predominantes de criadouros no município foram lixo, com 24 focos, e em domicílios (21). Apenas a cidade de Céu Azul indicou infestação abaixo de 1% com um foco do mosquito, número que, conforme o LIRAa, é considerado satisfatório.
O Ministério da Saúde avaliou, de outubro e novembro, 1.792 cidades, adesão recorde para este período do ano. A intenção da pesquisa é realizar o controle do mosquito transmissor da doença, identificando os bairros onde estão concentrados os focos do Aedes aegypti e o tipo de depósito das larvas.
(Com informações de Marina Kessler)
