Saúde

Doenças respiratórias entre crianças tem aumento de 309%

Os dados mais recentes avaliados pelos pesquisadores são do período de 20 a 26 de março e também mostram um crescimento de 110% na média móvel de casos de SRAG entre as crianças de 0 a 4 anos, em relação à primeira semana de fevereiro

Vacinação de crianças contra a covid-19  na UBS 5 de Taguatinga Sul
Vacinação de crianças contra a covid-19 na UBS 5 de Taguatinga Sul

 

 

Rio de janeiro – O Boletim da InfoGripe, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgado nesta quinta-feira (31) aponta que os casos de síndrome respiratória aguda grave – SRAG – em crianças continuam em alta, e o aumento da incidência chega a 309% na faixa etária de 5 a 11 anos, se a quarta semana de março for comparada com a primeira de fevereiro.

Os dados mais recentes avaliados pelos pesquisadores são do período de 20 a 26 de março e também mostram um crescimento de 110% na média móvel de casos de SRAG entre as crianças de 0 a 4 anos, em relação à primeira semana de fevereiro. Na população adulta, a tendência é de queda em todas as faixas etárias.

O aumento de casos da síndrome entre crianças de 0 a 4 anos pode estar relacionado ao vírus sincicial respiratório, segundo o boletim. Já na faixa etária de 5 a 11 anos pode ter havido uma interrupção da queda de infecções pela Covid-19 em fevereiro, e um aumento da detecção de outros vírus respiratórios em março. Crianças de 5 a 11 anos podem ser vacinadas contra a Covid-19 desde janeiro, o que reduz o risco de uma infecção evoluir para uma síndrome respiratória grave.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, explicou que o aumento nas duas faixas etárias infantis coincide com o início do ano letivo. Nas faixas etárias adultas, ele avalia que, apesar de o patamar atual de casos de SRAG ser o menor da pandemia, ainda são registrados mais de dois casos por 100 mil habitantes no país.

A Fiocruz informa ainda que sete das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo nas últimas 6 semanas de casos de SRAG: Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Roraima e Sergipe. Esse cenário é registrado em 12 capitais: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Recife (PE), São Paulo (SP) e Vitória (ES).